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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

D.I.N! ... FAMÍLIA E O DEPENDENTE

FAMÍLIA E O DEPENDENTE



A FAMÍLIA PODE AJUDAR?
A família tanto pode:
Ajudar o dependente a se recuperar;
Fazer com que o indivíduo comesse a fazer o uso de álcool e drogas;
Fazer o indivíduo recuperado a ter uma recaída.
É muito comum o indivíduo experimentar o álcool ou qualquer tipo de droga em função do relacionamento familiar.
A falta de atenção e amor dos pais para com o indivíduo, as constantes discussões entre os pais, a agressão familiar, a falta de compreensão, as regras e normas impostas (muitas vezes de forma excessiva), o excesso de liberdade, os locais e pessoas com aos quais os pais se relacionam, o excesso de cobrança de resultados nos estudos e no trabalho, o excesso de mimo, o uso de álcool e drogas dos próprios pais, são fatores que normalmente fazem com que haja fuga do indivíduo para grupos sociais onde a droga e o álcool são as “soluções dos problemas”.
Muitos pais dão ao jovem ou adolescente a condição de tomar as suas próprias decisões e se comportarem da maneira que pensam com relação ás pessoas e a tudo o que o mundo oferece. Porém se esquecem, que o adolescente ou jovem é imaturo, ainda não conseguiu formar opinião própria e se deixam facilmente serem influenciados por opiniões e atitudes de outras pessoas, espelhando-se em indivíduos que aparentemente são felizes agindo de forma de que tudo pode, tudo convém e nada lhes é proibido.
Os pais devem tomar muito cuidado com relação á liberdade atribuída aos filhos, ela não pode ser demais, porém também não pode ser de menos, A conversa franca, honesta e muito diálogo, são fundamentais no desenvolvimento dos adolescentes e jovens. Os pais devem formar as opiniões dos filhos, caso contrario outras pessoas a formarão, e pode ser que seja um traficante ou usuário de drogas, ladrão, pedófilo, prostituta, estuprador, desocupado, delinquente, alcoólatra, etc.
Hoje infelizmente dentro de nossas casas é comum ter bebida alcoólica, é comum os filhos verem os pais se divertindo bebendo em festas, viagens, churrascos, encontro familiar ou com amigos. A cabeça de uma criança diante dessa situação associa que o álcool é bom, pois os pais estão sempre alegres e felizes quando bebem, daí a curiosidade de experimentar e quando vai se dar conta já é um alcoólatra.
Outros pais totalmente desinformados têm o habito de levar seus filhos á bares, acostumando-os desde pequenos ao ambiente do bar, e o que se aprende de pequeno se põem em prática quando adulto.
Alguns pais até chegam a molhar o bico da chupeta de crianças em cervejas, aguardente ou vinhos, em champanhe em festas de fim de ano, despertando desde a infância a disposição do indivíduo a fazer o uso do álcool.
Muitos pais quando descobrem que seus filhos estão fazendo o uso de drogas ou bebendo demais, normalmente condenam os filhos, chegando até a agredi-los verbalmente e fisicamente, mas se esquecem que tudo isso começou do incentivo que eles ”os próprios pais” deram á seus filhos durante a sua infância.
É também comum, jovens iniciarem o uso de álcool e drogas após separações de seus pais, o jovem não entende a separação, assimila um sentimento de perca, do pai ou da mãe, se sente solitário, desprotegido, triste, infeliz, angustiado, depressivo, rejeitado, e assim fica vulnerável, buscando consolo e apoio na sociedade externa, amigos de escola, trabalho, lazer, porém na sua condição deplorável não é aceito no grupo de pessoas alegres e felizes, mas é aceito no grupo dos derrotados, e uma vez no grupo dos derrotados, se torna também um.
No mundo em que vivemos onde o individualismo prevalece, ás pessoas perderam a intenção de viver em pró do bem comum, tornando-se egoístas, orgulhosos, materialistas, amantes do dinheiro e do poder. E é essa a educação que em muitos casos o jovem/adolescente recebe de seus pais. Nessa educação os valores da família não são preservados, os valores do bem comum muito menos, a educação religiosa é esquecida e os jovens/adolescentes se frustram com o ser humano, pois devido à imaturidade não compreendem os verdadeiros valores da existência.
Os jovens/adolescentes desde cedo dentro mesmo de sua própria casa percebem que a paz, a harmonia e o amor não são tão primordiais como o sucesso financeiro e materialista, ficando assim devido a sua fragilidade expostos a tudo o que o mundo lhes oferece.
É importante ressaltar que uma educação religiosa ajuda e muito a compor uma personalidade positiva para cada indivíduo, pois tudo que é ensinado dentro de uma igreja é de grande proveito pessoal, familiar e social, pois os verdadeiros valores de amor, humildade, caridade, perdão e paz são revelados pelos ensinamentos religiosos.
COMO A FAMÍLIA PODE AJUDAR A RECUPERAR O DEPENDENTE:
Em primeiro lugar com amor.
Trazer o dependente para o amago da família, se mostrar preocupado com ele, mostrar que entende que a sua dependência não é por falta de caráter, mas sim que é uma doença, que não tem cura, porém tem como estacioná-la e controlá-la. 
Evitar brigas e discussões na presença do dependente, tais situações geram emoções e sentimentos negativos onde o álcool e as drogas se tornam o caminho mais curto para a fuga de tais emoções.
Não expor o dependente a situações e lugares onde haja a presença de álcool e drogas, pois á vontade ou fissura na maioria das vezes se torna incontrolável.
Se tiver bebidas alcoólicas ou drogas em casa joga-las fora o mais rápido possível.
Procurar nas roupas e objetos pessoais reservas de drogas ou bebidas, que possam levar o individuo a fazer o uso em sua própria casa.
Nunca comprar bebidas ou drogas para o dependente. Algumas famílias para manter o dependente em casa e livrá-lo de ambientes perigosos compra a substância para o mesmo. Isso é comum acontecer, porém muito, mas muito errado mesmo.
Não acreditar que a crise de abstinência que o dependente esta tendo é insuportável, pois não é, ela passa, demora mas passa. Apenas no caso do Álcool e da Heroína há risco de uma crise muito forte, porém a melhor maneira de resolver é levando o dependente ao hospital mais próximo, com medicação logo se controla a crise de abstinência.
Ajudar o dependente a controlar a sua vida financeira, pois o dinheiro facilmente induz ao uso, pois se torna bem mais fácil beber e usar drogas com dinheiro na mão.
Os assuntos de ordem pessoal que trazem desconforto e constrangimento não devem serem lembrados á todos os instantes, mas sim a família deve de alguma maneira procurar resolvê-los com sabedoria.
Caso o dependente chegue tarde em casa, não adianta deixá-lo para fora, pois, no momento isso não ajudará em nada, é melhor deixá-lo entrar e no outro dia quando o mesmo estiver sóbrio conversar com ele, sugerir acompanhamento em Grupos de Auto - Ajuda, ajuda médica e se necessário for internação.
A principio nenhum dependente aceita ajuda, pois não admite que perdeu o controle sobre o uso da substância, ele sempre diz “eu paro a hora que quero”. É preciso mostrar o quanto ele tem perdido e quanto mais ainda pode perder, e em alguns casos é necessário que a família ajude a colocar o dependente no fundo do poço, pois somente assim ele aceitará ajuda.
O dependente não se apega aos prejuízos materiais e financeiros, mas se apega demasiadamente ás pessoas que o cercam e mostram o seu amor por ele, mesmo que ele não demonstre, para o dependente perder a esposa, filhos, os pais, etc., é muito doloroso, em muitos casos essas percas influenciam o dependente a buscar ajuda e recuperação.
Importante saber que o dependente também não se preocupa muito com a sua saúde, tanto é que não tá nem ai para ela. Argumentar sobre a saúde não ajuda muito o dependente, mas argumentar sobre as percas familiares sim.
Tentar afastar os maus amigos e os amigos influentes (no negativo) do dependente ajuda muito, aproximar os amigos e familiares mais íntimos que não bebem nem usam drogas também é ponto muito favorável.
Cuidado com a auto – piedade do dependente, isso é normal, se colocar na condição de coitado, para alcançar mais atenção dos familiares, porém não aprove esse comportamento, pois ele não é favorável á recuperação.
Informar-se se ele tem contato direto com álcool e drogas na escola ou no trabalho, se tiver induza-o a mudar de escola e se preciso for sair do trabalho também, pois é melhor ficar desempregado sóbrio do que empregado e usando drogas, pois mais hora, menos hora, também perderá o emprego.
Através de conversa descobrir a intensidade da relação afetiva que o dependente tem com a droga ou o álcool, ele precisa perder ou diminuir essa relação, mostrar ao dependente que para viver bem e ser feliz não é necessário usar drogas ou beber.
Alguns dependentes acham que não conseguirão deixar o uso, cabe também à família provar o contrário, através de incentivos á recuperação acompanhando o dependente nos grupos de auto-ajuda, médicos e se caso houve internação acompanhar o tratamento o melhor possível.
É muito difícil o dependente se recuperar sem a ajuda dos familiares, pois a dependência nas maiorias das vezes esta relacionada á família, todo familiar de dependente também deve fazer acompanhamentos em grupos de auto-ajuda, para adquirir conhecimento de como se relacionar com um dependente e como não prejudicar o mesmo em sua recuperação.
A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA EM GRUPOS DE AUTO AJUDA
Ajuda e muito na recuperação dos dependentes a participação em grupos de auto-ajuda, tanto para o que quer se recuperar como para aquele que já esta na sobriedade e quer mantê-la.
Sem a participação em grupo de apoio, o dependente á medida que o tempo passa, começa a perder o vínculo com a sua recuperação, sem compartilhar com demais dependentes vendo e ouvindo as dificuldades de cada um, começa então a se achar forte o suficiente para se manter sóbrio e começa a se desviar dos propósitos de recuperação, fazendo coisas que pessoas na sobriedade não podem fazer.
Essa acomodação acaba por deixar tempos livres que normalmente são preenchidos por um vazio que depois é completado com atitudes erradas que futuramente levam ao uso de álcool e drogas.
O número de recaídas de dependentes que passam por internação e não dão continuidade em grupos de apoio infelizmente é muito grande, ao contrario daqueles que saem da internação e dão continuidade em seu tratamento no grupo de apoio, assim normalmente permanecem sóbrios.
Outro dado importante com relação a grupos de apoio é o da família que não acompanha o dependente no mesmo grupo. O índice de dependentes que sofrem recaídas após deixarem o tratamento ou internação e que a família não participa do grupo é assustador.
O familiar além de não participar do processo de recuperação do dependente também acaba não tendo conhecimento de como se portar e ajudar o dependente em sua recuperação, fazendo muitas vezes coisas que acabam por levarem o dependente a uma recaída.
A participação do dependente no grupo de apoio serve como termômetro para medir a sua determinação e busca pela sobriedade.
Da mesma forma também sabemos o interesse da família em ajudar o dependente no seu processo de recuperação.



Projeto
D.I.N! ... DROGAS NA INFÂNCIA... NÃO!

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

D.I.N! ... SITUAÇÕES DE RISCO PARA O DEPENDENTE

SITUAÇÕES DE RISCO PARA O DEPENDENTE

 


AUXÍLIO AO DEPENDENTE
 
Normalmente os dependentes de álcool e drogas são pessoas que adquirem durante o tempo que estão no uso, uma infinidade de defeitos de caráter, muito difíceis de serem despojados.
 
Mas sobriedade não é apenas parar de beber e/ou usar drogas. O dependente tem que ter uma transformação ao qual faça com que ele passe a ser um bom cidadão, bom marido, bom pai, bom filho, bom amigo, bom irmão, bom profissional e um bom cristão.
 
Essa transformação necessária é conquistada com o auxílio de uma busca individual ou coletiva dentro da espiritualidade (igreja/religião) e no grupo de apoio onde, em reuniões com outros dependentes, as experiências ou dificuldades para se manterem na sobriedade são trocadas e sempre com a orientação de um coordenador são passadas orientações de como se comportarem diante de cada dificuldade.
 
Para o dependente de álcool e drogas não é possível manter-se sóbrio sem primeiro passar por um processo de mudança de vida.
 
É necessário ser consciente de que a pessoa se tornou totalmente impotente perante o álcool e as drogas e que perdeu o domínio sobre sua vida.
 
É necessário avaliar como está a sua relação afetiva com o álcool ou as drogas, essa relação pode fazer com que o dependente não tenha mais motivação pela recuperação.
 
O dependente deve avaliar as vantagens e desvantagens em usar ou não usar (álcool ou drogas), colocar tudo numa balança, talvez assim percebendo que o uso traz muito mais desvantagens ele possa adquirir mais motivação para continuar com a recuperação e a sobriedade.
 
Não existe nenhuma mágica para trazer a sobriedade ao dependente, somente á fé, coragem, determinação, muita força de vontade e sabedoria, percorrer um caminho de responsabilidade pode realmente levar a sobriedade.
 
Os dependentes de álcool e drogas não necessariamente fazem o uso sempre pelo mesmo motivo, cada dependente tem uma fraqueza diferente da outra.
 
O dependente deve avaliar as suas fraquezas e assim evitar ao máximo situações em que ele se depare com elas.
 
Deve também aprender a lidar com essas fraquezas uma vez que pode acontecer que, mesmo sem querer tenha que enfrentar situações de risco.
 
Se o dependente já passou pela sobriedade e teve uma recaída deve usar a sua experiência como arma em novas situações que lhe coloquem em risco.
 
SITUAÇÕES DE RISCO:
 
Emoções negativas: depressão, tristeza, desanimo ficar ansioso, estressado, angustiado, ter solidão, preocupação, frustração, timidez, rejeição, ser humilhado ou criticado, ficar na auto piedade, ter lembranças ruins, ciúme, inveja, raiva ou ressentimento, tédio da vida, etc..
 
Situações difíceis: compromissos, reuniões sociais, reunião de trabalho, falar em público, falar com estranhos, falar com o chefe, desentendimentos ou discussões, iniciar relacionamento amoroso, terminar relacionamento amoroso, ficar em companhia de pessoas que usaram drogas ou álcool, doença ou morte, noticias ruins, negócios, etc...
 
Diversão e prazer: festas, euforia, alegria, ficar exaltado, estar em momentos de alegria com amigos que bebem e usam drogas, receber boas notícias, dinheiro, estar apaixonado, sexo, pratica de esportes, viagens, fins de semana e feriados, férias, etc...
 
Problemas físicos ou psicológicos: insônia, problemas sexuais, dores físicas, doenças próprias, doenças de familiares, sono, cansaço, solidão, pensamentos desagradáveis, medo de sair á rua, etc...
 
Habito de usar álcool ou drogas: após o trabalho, quando chega em casa, quando vê bebida ou droga, quando vê alguém usando, quando é convidado para ir usar, quando recebe visitas de quem usa, quando tem vontade, quando vai a shows ou futebol, etc...
 
Lidar com a recuperação: quando percebe que o tratamento esta lento ou é muito difícil, quando senti que o caminho a percorrer é muito longo, quando está com excesso de confiança, quando pensa que a vida fica sem graça sem o uso, quando faltam metas e objetivos na vida, quando acha que está velho demais para parar, quando acha que ainda dá para aproveitar mais um pouco, quando pensa em experimentar de novo para testar o alto controle, quando foi forçado a se tratar, quando acha que o tratamento é uma bobagem, quando não está colocando em prática a recuperação, quando acha que o tratamento não está ajudando, quando acha que o (coordenador do grupo de apoio ou comunidade) não está ajudando, quando acha que a família não está ajudando, etc...
 
A cada situação de risco o dependente já sabendo que lhe é motivo de induzi-lo ao uso, deve (é obrigado) á traçar um plano de combate para cada situação. O dependente tem que assumir a sua fraqueza, tem que procurar ajuda, apoio, com familiares, na comunidade, na igreja, com amigos e acima de tudo no grupo de apoio.
 
Existe também o horário de risco, que são os horários que normalmente o dependente fazia o uso de drogas ou bebidas.
 
São nesses horários que o dependente deve firmar compromissos ou estar junto de pessoas que possam impedir ou ajudar para que não haja o uso.
 
Todo dependente também pode sofrer uma crise de abstinência (ou não), isso acontece mesmo que ele esteja bastante envolvido com o seu tratamento, o importante é saber que essa crise passa, é coisa de momento, o que pode ajudar nessa hora é a oração, pensar nas desvantagens que o uso pode ocasionar, telefonar para um amigo de recuperação, e até mesmo não sair de casa em hipótese alguma. É melhor perder um dia de trabalho ou um compromisso do que perder a sobriedade.
 
Existem alguns sinalizadores que podem levar á uma crise de abstinência, em cada dependente ele se mostra de maneira diferente, porém é bom ficar atento e quando distinguir um sinalizador procurar evitá-lo.
 
Exemplos de alguns sinalizadores: encontrar pessoas da época em que estava no uso, algum tipo de cheiro, lembranças dolorosas do passado, falta de perdão, raiva, lugares que já houve o uso, conversas, brincadeiras, etc...
 
Todo dependente não nasceu fazendo o uso das substâncias e a princípio tinha uma vida regrada, cumpria com seus horários, era responsável e também confiável. O álcool e as drogas tiraram todas essas características do dependente, daí vem a importância da mudança de hábitos e de costumes, passar por essa conversão e voltar a ser aquilo que era no passado.
 
Como já dito não se consegue a sobriedade sem passar por uma mudança de vida. E essa mudança de vida é radical.
 
O dependente deve fazer uma avaliação de sua vida identificando o que realmente é necessário ser mudado e colocar em prática o seu projeto de vida nova, com responsabilidade.
 
Essas mudanças incluem o seu estilo de vida na área física, psicológica e emocional, no seu comportamento e atitudes, na sua família, no seu relacionamento social, nas finanças e na espiritualidade.
 
Obs.: é muito importante para todo dependente incluir em sua nova vida de sobriedade, atividades físicas, esportes e lazer, uma vez que elas fazem bem para o corpo e para a mente.
 
A pessoa que está mudando o seu estilo de vida precisa planejar e administrar o seu tempo de maneira adequada e organizada, para não voltar a hábitos antigos que possam levá-la a uma recaída.
 
O dependente deve ter um equilíbrio entre deveres e compromissos a serem cumpridos e seus desejos e prazeres a que tem direito.
 
O dependente deve começar com um planejamento diário e depois um planejamento semanal, procurar segui-lo a risca, não desviar para outros objetivos se não forem realmente necessários. Com um planejamento o risco se torna bem menor em função de ser muito difícil algo novo pegá-lo de surpresa.
 
Existem “casos e casos de dependência e recuperação”.
Alguns dependentes químicos conseguem se recuperar sozinhos, apenas pelo fato de sofrer algum prejuízo muito grande como: financeiro, perder relacionamento, saúde, perder emprego, conhecimento de morte de algum outro dependente, etc...
 
Outros conseguem se recuperar com acompanhamento: psicológico, psiquiátrico, terapias, etc...
 
Outros conseguem se recuperar participando em grupos de auto-ajuda, ou seguindo uma religião onde encontre em Deus o preenchimento dos vazios deixados pelo sofrimento e percas durante a vida;
 
Mas há um número muito grande de dependentes no uso que já tentaram de tudo e não conseguem atingir a sobriedade, tendo a necessidade de passar por um tratamento em regime interno em clinicas ou comunidades terapêuticas.
 
Para esses tipos de casos somente o tempo de desintoxicação não é suficiente para que o individuo permaneça sóbrio para o resto da vida, é necessário um tratamento onde ele aprenda a viver sem a necessidade de álcool ou drogas.
 
Ao contrario do que muitas pessoas pensam sobre clinicas e comunidades terapêuticas, existem um numero muito grande de estabelecimentos que realmente trabalham de forma correta na recuperação e os resultados são bastante satisfatórios.
 
É muito importante para quem for procurar tratamento para algum dependente tirar o máximo possível de informação sobre a clínica ou comunidade, saber bem como vai ser administrado o tratamento, ter a informação de outras pessoas que já estiveram em tratamento naquele lugar, saber da idoneidade das pessoas responsáveis pelo tratamento, saber se o tratamento será administrado com remédios ou não, saber se o dependente precisa realmente de remédio para a sua recuperação ou não, verificar se dentro do programa de recuperação consta também um trabalho relacionado à espiritualidade e se possível no momento da internação conversar com alguém que está se recuperando nesse lugar.
Nem sempre as clinicas ou comunidades mais caras, que têm maior luxo são as mais recomendadas para o tratamento, mas isso também não significa que clinicas caras e de luxo não podem também administrar um bom tratamento. (procure se informar).
 
 
 
Projeto
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domingo, 15 de dezembro de 2013

D.I.N! ... DEPENDÊNCIA QUÍMICA - PRINCÍPIOS DE RECUPERAÇÃO

DEPENDÊNCIA QUÍMICA - PRINCÍPIOS DE RECUPERAÇÃO



O dependente químico seja ele de drogas como: Cocaína, Maconha, Crack, Oxi, inalantes, solventes e bebidas alcoólicas, deve observar alguns princípios básicos para conseguir atingir a sobriedade, deixando de lado suas necessidades que o induzem ao consumo das substâncias.
 
É aconselhável seguir esta sequência!
 
1º Mudança de comportamento;
2º Crescimento espiritual;
3º Controle sobre suas emoções e sentimentos.
 
MUDANÇA DE COMPORTAMENTO
 
Não é possível o dependente deixar o consumo e viver na sobriedade mantendo o mesmo comportamento que possuía durante o período em que permanecia no uso.
 
Torna-se totalmente insensato o indivíduo que pensa conseguir parar de usar as substâncias vivendo da mesma maneira que anteriormente.
 
Os hábitos e costumes, as amizades, os ambientes em que vive devem ser modificados. A princípio, o dependente deve acima de tudo preservar-se á toda e qualquer situação que possa o induzir ao consumo das substâncias de sua dependência.
 
É praticamente impossível o dependente permanecer na sobriedade vivendo em contato com pessoas que fazem o uso de drogas ou bebidas, o fato de ver as pessoas fazendo o uso o torna totalmente vulnerável, o dependente perde o auto-controle e caso ele não faça o uso naquele instante, provavelmente o fará em outro lugar, pois o raciocínio, daquele momento pra frente fica desestruturado, e não por vontade própria, mas sim devido a sua grande fraqueza (DOENÇA) que o conduzirá ao uso.
 
Essa mudança de comportamento deve ser de forma radical, e ajudará muito ao dependente começar a praticar atividades ao qual ele não praticava durante o período em que estava no uso das substâncias. Veja alguns exemplos abaixo:
 
Conviver com pessoas que não fazem o uso das substâncias;
 
Não frequentar lugares onde pessoas façam o uso das substâncias;
 
Ter uma melhor convivência familiar;
 
Praticar esportes (Atenção com os demais participantes);
 
Não se expor a situações que possam o desestabilizar sentimentalmente e emocionalmente;
 
Participar de Grupos de Apoio ao dependente (AA, NA, Amor Exigente, Pastorais de Sobriedade, etc.), esta atividade deve ser praticada ao menos uma vês por semana;
 
Buscar dentro da espiritualidade conforto para suas dificuldades. (Buscar em Missas, Cultos, Grupos de Oração, Grupos de Jovens ou de Terceira Idade, etc.), esta atividade deve ser praticada ao menos uma vês por semana;
 
Se dedicar a leituras como (Livro de Auto Ajuda, Livros Religiosos, Matérias de Assuntos de seu interesse, etc.)
 
Fazer passeios em novos lugares em companhia de pessoas sóbrias (Recomenda-se em companhia de algum familiar);
 
Fazer atividades de lazer sempre onde não haja pessoas no uso;
 
Dentro dessas mudanças de comportamento é aconselhável que o dependente não saia sozinho por um determinado período a fim de não fazer o uso e consequentemente ganhar forças para continuar na sobriedade.
 
É aconselhável também que a princípio durante um determinado período o dependente não saia com dinheiro, cheque ou cartão de crédito, pois o dinheiro é uma grande causa de muitas recaídas de dependentes químicos.
 
OBS: Vale lembrar que a condição de não sair sozinho ou não portar dinheiro não é definitiva, isso é bom utilizar no princípio da sobriedade e a partir do momento em que a sobriedade já estiver bem solidificada, a recuperação se torna rotineira e a vida volta totalmente ao normal. (Sem álcool ou drogas).
 
QUESTÃO IMPORTANTÍSSIMA
 
Para prosseguir na mudança em que poderá levar o dependente a sobriedade, deve-se considerar que não é possível passar para a próxima etapa sem ter concluído essa primeira, pois o dependente não conseguirá crescimento espiritual sem uma mudança radical de seu comportamento.
 
CRESCIMENTO ESPIRITUAL
 
Concordo com muitos que colocam a dependência química como uma doença a ser tratada clinicamente, porém não tenho dúvidas que ela também é uma Doença Espiritual.
 
Na grande maioria das vezes o dependente químico no uso tem uma vida totalmente desregrada e é muito comum a prática de: Prostituição, Adultério, Pornografias, Mentiras, Roubos, Furtos, Atos desonestos, Desavenças Familiares ou com terceiros. O dependente também se torna uma pessoa arrogante, prepotente, orgulhosa, egoísta, malvada, soberba e cheia de muitos outros defeitos de caráter.
 
Todas as coisas citadas acima estão fortemente relacionadas a problemas sentimentais e emocionais mostrando um total descontrole do dependente em uso das substâncias.
 
Esses problemas sentimentais e emocionais muitas vezes são tratados de forma clínica, onde na verdade o individuo acaba ainda por ingerir novas drogas (Remédios), fazendo que, com a ausência das substâncias o individuo se torne totalmente impotente perante a toda e qualquer situação relacionada á sua vida.
 
Aqui é que entra a questão da baixa, pouca ou nenhuma espiritualidade (QUEDA ESPIRITUAL).
 
Toda a condição ao qual o dependente químico se enquadra, como dito acima, se relaciona perfeitamente com o pecado, fazendo que o indivíduo tenha uma separação de DEUS, ficando enfraquecido espiritualmente e sem forças para domínio/controle de suas ações, sentimentos e emoções.
 
Tenho observado durante todo o período em que acompanho á dependentes químicos, que a partir do momento em que o individuo se fortalece espiritualmente, aprendendo e vivendo os ensinamentos de Jesus Cristo, ele passa a ter um domínio próprio, conseguindo corrigir seus defeitos de caráter, dominando suas emoções e sentimentos ao mesmo tempo.
 
Além de que através da humildade aprendida através do evangelho, começa a se integrar de maneira bastante positiva a uma sociedade diferente daquela que ele vivia, onde todos vivem em sobriedade e compartilham dos mesmos ideais.
 
Entramos aí em uma questão bastante interessante que é a de o individuo passar a ter contatos e relacionamentos com pessoas diferentes, começa também a frequentar lugares diferentes, passa a ter um estreitamento familiar, passa a ser visto pela sociedade de uma maneira diferente também, evitando assim muitos contratempos que o afetam sentimentalmente e emocionalmente.
 
Temos muitos casos relatados por muitos médicos especialistas e até mesmos cientistas que não conseguem explicar muitas curas milagrosas onde a medicina e a ciência já haviam perdido a esperança da cura, sendo assim Deus através da fé da pessoa operou o milagre da cura, pois Deus tudo pode.
 
As orações, a busca de uma proximidade com Deus, a determinação em seguir os evangelhos, a participação dentro das comunidades religiosas, o convívio com pessoas religiosas, o comportamento cristão, a fé e a confiança em Deus tem sido por todos os tempos a maneira mais eficaz de se recuperar um dependente químico. E afirmo que também no meu caso, após VINTE E SEIS anos de uso das substâncias, após SEIS tratamentos psiquiátricos, após CINCO acompanhamentos psicológicos e SEIS internações, foi em Deus que encontrei a alegria de voltar a viver, foi em Deus que encontrei o meu PORTO SEGURO, foi em Deus que adquiri o verdadeiro valor de um ser humano e consequentemente a sobriedade. E dessa forma resgatei o respeito social, profissional, familiar e principalmente o respeito próprio.
 
OBS: A internação em uma comunidade católica, e o tratamento interno de nove meses foi o primeiro passo para esse crescimento espiritual, porém a busca foi e é até hoje fundamental para que eu consiga me manter na sobriedade.
 
COMO O CRESCIMENTO ESPIRITUAL PODE AUXILIAR NO CONTROLE DAS EMOÇÕES E DOS SENTIMENTOS?
 
A falta de compreensão e aceitação com os acontecimentos da vida, a falta de compreensão com as pessoas próximas, as decepções e frustrações consigo mesmo, ou com outras pessoas, as emoções e sentimentos gerados pelo ódio, raiva, inveja, ciúme, incompreensão, agressividade verbal e física, as consequências de reservas de traumas do passado, a falta de perdão próprio ou ao próximo, a falta de recebimento de perdão do próximo, o medo do fracasso, do insucesso, o sentimento de desprezo, a rejeição consigo mesmo, ou ser rejeitado, a condição financeira, o fato de ter se tornado um dependente químico, ser uma pessoa ansiosa, o estres, o tédio, a timidez, a solidão, o ressentimento, ser muito preocupado, ser humilhado, criticado, carregar consigo lembranças ruins do passado, levam o individuo a uma profunda depressão, tristeza e desanimo, provocando falta de iniciativa para solucionar seus problemas e consequentemente ao uso de drogas ou bebidas alcoólicas.
 
Claro que nem todos os dependentes sofrem todas essas emoções e sentimentos, porém qualquer um deles pode ser o fator fundamental para o consumo do álcool e das drogas.
 
Dentro da espiritualidade o individuo aprende que nem sempre tudo aquilo que lhe acontece de forma contrária á sua vida, deve ser analisada de forma destrutiva.
 
Aprendemos que Deus está no comando de nossas vidas, que ele sempre quer o melhor para nós, aprendemos que no momento certo Ele agirá e mudará nossa condição. Passamos através de nossa fé a confiar em Deus, entendemos o nosso semelhante, passamos a agir de forma coerente, sem desespero, sem medos, vemos todas as coisas de uma forma espiritual, seguindo os ensinamentos de Jesus em nossas atividades e a partir daí começamos a colher frutos dentro dos resultados.
 
Quando se torna um verdadeiro cristão, não se tem medo de nada, passa-se a ter um coração alegre e cheio de coisas boas, ocupando os espaços que antes eram das emoções e dos sentimentos negativos.
À medida que crescemos espiritualmente o individuo se aproxima mais de Deus, e automaticamente fica mais próximo da luz, e assim de Jesus, que é o Caminho, a Verdade e a Vida.
 
 A busca pela espiritualidade nos coloca em sintonia com um mundo novo, onde os lugares que frequentamos e as pessoas com que nos relacionamos também passam a nos auxiliar em nossa recuperação, pois no meio dos verdadeiros cristãos não existe nem as drogas e nem o álcool. É assim que deve ser!
 
Quando o individuo se afasta das coisas erradas em que fazia e persevera na oração, passa automaticamente a deixar de fazer aquelas coisas que são ruins aos olhos de Deus, e é claro como consequência disso se afasta do pecado e do mal, sendo assim, quanto mais próximo de Deus, mais longe do pecado, e quanto menos pecado, mais próximo de Deus. Esse efeito é duplamente favorável, ação e reação.
 
OBS: Nem sempre somente emoções e sentimentos negativos induzem o dependente químico ao uso, muitas emoções e sentimentos positivos o induzem também, como:
 
Euforia, alegria, exaltação, boas notícias, paixão, amor, sexo, excesso de confiança, etc.
 
Essas emoções e sentimentos positivos devem também serem tratadas como risco de uso, e olhadas com bastante atenção, aprendendo a controlá-las de forma que não levem ao uso.
 
Quando vivemos nos caminhos de Deus, também aprendemos a lidar com nossas emoções e sentimentos positivos, pois elas passam a acontecer em nossas vidas de maneira em que entendemos que realmente é a ação do Espírito Santo em nosso favor, assim nos colocamos em posição de agradecimento á Deus, esperando sempre com confiança que muito mais coisas boas nos aconteçam, portanto não buscamos mais nem no álcool e nem nas drogas complemento para a nossa alegria, pois nossa alegria já é completa em Cristo Jesus.
 
Vale lembrar que essa busca pelo crescimento espiritual tem que existir todos os dias de nossas vidas, se renovando em orações e cultos á Deus, procurando viver sempre mais e mais os ensinamentos de Jesus, não permitindo assim que haja por parte das forças espirituais do mal nenhuma ação contra nossas vidas.

 
E nunca se esqueça!
 
Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Jo 3, 16
 


Projeto
D.I.N! ... DROGAS NA INFÂNCIA... NÃO!


sábado, 14 de dezembro de 2013

D.I.N! ... PORQUE O SER HUMANO FAZ O USO DE DROGAS E SE TORNA UM DEPENDENTE QUÍMICO?

PORQUE O SER HUMANO FAZ O USO DE DROGAS E SE TORNA UM DEPENDENTE QUÍMICO?


Os estudos relacionados á dependência química a cada dia que passa tem se tornado maior e por mais que as pessoas especializadas em dependência química busquem soluções para ela, aparentemente ainda estamos bem longe de chegar a um denominador comum e resolver essa questão que vem ceifando vidas cada vez mais e mais.
 
Conseguimos identificar uma enormidade de fatores que induzem o ser humano a fazer o uso de drogas, porém cada um, por uma questão diferente, um do outro, faz o consumo.
 
Tentaremos nessa matéria identificar o máximo possível ás diversas razões de o porquê do ser humano fazer o uso de drogas e consequentemente se tornar um dependente químico.
 
Primeiro gostaria de ressaltar que as pessoas não fazem o uso e consumo de drogas pelo mesmo motivo, e ao contrário do que muita gente fala, os dependentes químicos não são iguais, portanto o fator que leva o depende “A” ao uso não é o mesmo que leva o dependente químico “B”.
 
Existe um erro muito grande por parte de muitos terapeutas de dependência química onde generaliza o dependente, tratando a todos da mesma forma. A questão da dependência química por ser individual deve ser tratada de forma individual, avaliando sistematicamente o individuo, verificando todo um histórico de formação de caráter e personalidade, avaliando todo o seu histórico de vida e entendo profundamente o seu comportamento com relação as suas emoções e sentimentos.
 
Quando fazemos a pergunta “PORQUE O SER HUMANO FAZ O USO DE DROGAS E SE TORNA UM DEPENDENTE QUÍMICO?"...
 
Temos que, em um primeiro momento entender que isso ocorre porque as drogas existem no mercado.
 
Se elas não existissem logicamente não haveria o consumo. Daí vem á argumentação:
 
Se as autoridades sabem dessa questão, então porque elas existem?
 
É claro que está em jogo uma série de interesses, pois, não tenho dúvidas que se realmente houvesse um intenso combate a plantação, produção, industrialização, transporte, comércio e consumo de drogas, o cerco se fecharia e assim as drogas não estariam transitando com tanta facilidade no meio da população.
 
É um absurdo o que vemos acontecer, ao invés de reforçarem as leis para coibir o uso de drogas, vemos leis serem aprovadas para descriminalizar as drogas, tornando assim, mais fácil o consumo. E o pior de tudo é que estão criando brechas para os plantadores, industrializadores e traficantes, dando á eles a opção de argumentarem que são dependentes químicos e que aquilo que fazem é para consumo próprio.
 
A partir do momento em que as drogas existem no mercado, e pelo que observamos vão continuar existindo, também é logico que continuará existindo o consumo, sendo assim, temos que partir para uma outra opção, afim de que o ser humano não faça mais o consumo.
 
Se tivéssemos uma política de PREVENÇÃO ao uso de drogas, onde as pessoas fossem informadas dos prejuízos que o consumo de drogas traz para o individuo, com certeza menos pessoas se iniciariam no uso, e mais pessoas deixariam de usar.
 
Mas o que acontece na verdade é exatamente o oposto. Já citamos a descriminalização das drogas, e a questão vai ainda mais longe.
 
Perceba as propagandas veiculadas nos veículos de comunicação, o quão grande é incentivador as pessoas fazerem o uso de bebidas alcoólicas, e saiba que o álcool é a porta principal de entrada para o uso das demais drogas.
 
Analisem os diversos programas de televisão, os filmes e as novelas, também da mesma forma incentivam ao consumo de drogas. “Não só as drogas, como, adultério, prostituição, homossexualismo, etc.”.
 
Se pararmos para ouvir bem e prestar atenção, perceberemos que existe uma variedade de músicas que tocam abertamente em qualquer horário do dia, em que fazem apologia ao uso e consumo de drogas.
Não temos nas escolas nenhuma política de prevenção ao uso de drogas, porém temos traficantes dentro e nos portões da maioria das escolas do mundo.
 
Nosso governo investe muito pouco dinheiro em Politicas de Prevenção ao uso de Drogas (não entendo o porquê, pois ele gasta muito mais com os benefícios que paga para os dependentes químicos afastados por auxílio doença, bem como com o atendimento e tratamento de usuários de álcool e drogas na rede publica de saúde).
 
Não existe hoje a devida repreensão ao consumo de bebidas alcoólicas por menores de 18 anos, a lei existe, nem todos cumprem, e os responsáveis de fazerem essa lei ser cumprida não fazem a devida fiscalização, e muito menos punem com rigor os infratores.
 
Também temos a lei de que não se pode dirigir um veículo após ter ingerido uma certa dosagem de bebidas alcoólicas, porém, também não funciona, alias, funciona para o pobre, mas não deveria ser assim, as leis são criadas para todos e não somente para alguns. Assim a própria polícia também não segue com rigor e não aplica a lei de forma correta.
 
Os fatores acima contribuem para que o ser humano faça o uso e consumo de álcool e outras drogas, porém isso foi só o começo.
 
Comecei com a questão da PREVENÇÃO, pois sabemos que prevenir é melhor que remediar, mas não existe muito interesse daqueles que poderiam fazer esse trabalho.
 
A questão da PREVENÇÃO ao uso de drogas não deve ser somente atribuída ao governo.
 
Se as empresas privadas e as instituições religiosas se unissem nessa causa, a ação seria também muito grande e os resultados seriam bastante satisfatórios.
 
Mas as empresas não fazem PREVENÇÃO, pois comprometeria a produção. Imagina ter que mandar o funcionário parar de produzir para participar de palestras de prevenção, o prejuízo seria enorme. Mas o empregador não considera o “quanto” ele perde por ter um funcionário dependente químico, não considera os riscos de acidentes de trabalho, as brigas e discussões, o mau atendimento do empregado, as faltas, atrasos, indenizações, etc.
 
Também fica difícil do empregador fazer PREVENÇÃO ao uso de drogas, se ele mesmo faz o uso.
 
As instituições religiosas também não dão muita atenção, pois fazem em suas festas o comércio de bebidas. 
 
Se fizerem um trabalho de PREVENÇÃO ao uso de álcool e outras drogas, como venderão bebidas alcoólicas em suas festas e quermesses?
 
Percebem como sempre a um jogo de interesses e o ser humano vai ficando vulnerável ao álcool e outras drogas.
 
Não sei se posso dizer que há um descaso da sociedade com o dependente, mas esse é meu ponto de vista e gostaria muito que não fosse assim.
 
As pessoas comuns da sociedade olham de maneira marginalizada para o dependente químico e alcoólico, e se esquecem de que é um problema de saúde reconhecido pela OMS Organização Mundial da Saúde, além de ser um problema social e educacional.
 
Se pararmos para pensar os diversos motivos que levaram uma determinada pessoa a chegar ao ponto de se tornar um dependente, admitimos então, que não se trata de um simples caso de falta de vergonha na cara como na maioria das vezes é associada.
 
Pobreza:
 
Na grande maioria dos casos o dependente é de família pobre, é muito mais fácil e rentável para o jovem trabalhar no tráfico de drogas e assim também fazer o uso, do que conseguir arrumar um emprego.
Existe um grande número de crianças abandonadas por todo o mundo e uma vez que a parte boa da sociedade não as abriga, automaticamente são engolidas pela parte ruim onde fazem parte já um grande número de dependentes.
 
Os locais de moradia das pessoas menos favorecidas (pobres) não recebem a devida segurança ao qual é o direito de todo cidadão, facilitando o acesso de traficantes e dependentes.
 
As pessoas menos favorecidas (pobres) infelizmente sofrem com discriminação por parte da sociedade, não tendo acesso a determinados locais de lazer, educação e cultura.
 
Em alguns casos é mais fácil conseguir droga ou álcool do que alimento, muitas crianças iniciam-se nas drogas por passarem fome.
 
Por não terem estrutura familiar, educacional e social o individuo muitas vezes inicia-se na droga ou álcool por se sentir rejeitado, discriminado e humilhado.
 
Más companhias:
 
Por falta de acompanhamento familiar, por estar vulnerável devido ao local em que reside, por não haver o devido controle dentro e fora das escolas, por discriminação social ou racial, o indivíduo encontra em grupos ou tribos, pessoas que o acolhem oferecendo aquilo que ele não obteve aonde mais precisava.
 
Falta de incentivo aos estudos:
 
Até hoje eu não consegui entender porque o pobre começa estudar em uma escola pública e tem que terminar em uma universidade paga (quando consegue), enquanto o mais privilegiado financeiramente inicia em uma escola paga e termina em uma universidade pública.
 
Devido muitas vezes os pais terem que trabalhar fora, não acompanharem devidamente seus filhos, pelo fato de as crianças pobres não terem livre acesso a locais de cultura e lazer, por não terem condições de lazer e diversão, eles deixam de estudar para buscar essas coisas nos momentos em que os pais não estão próximos.
 
Contato direto com álcool, drogas, traficantes e usuários dentro e nas proximidades dos colégios: é muito comum dentro e nas proximidades dos colégios a droga transitar livremente e com fácil acesso por todos.
Interessante é saber que mesmo todo mundo sabendo disso, ninguém faz nada.
 
Importante:
 
A dependência química deveria ser matéria obrigatória dentro das escolas, explicando os males que ela traz para o indivíduo, á família e á sociedade.
 
Os responsáveis pela educação deveriam contratar pessoas dependentes e que se recuperaram para fazerem palestras de prevenção contra álcool e drogas, em todas ás escolas do país, com certeza o número de pessoas que iniciam na droga ou no álcool seria bem menor, bem como os usuários também.
 
Discriminações e preconceitos:
 
Jovens, adolescentes e crianças, são discriminadas a todo momento devido a sua condição social, cor, raça, estado de origem, credo religioso, defeitos físicos, etc., não são aceitas na sociedade como um ser humano, e o pior de tudo é que a discriminação e o preconceito hoje é lição de casa dentro de grande parte das famílias brasileiras, principalmente por aquelas que não sabem o que é passar fome ou não ter aonde dormir.
 
Falta de emprego: Faltam projetos sociais aonde incentive o jovem e o adolescente a estudar em um período do dia e no outro estagiar em alguma empresa aonde possa receber um salário e aprender uma profissão.
 
Essas condições infelizmente são oferecidas á uma parte da sociedade mais bem sucedida.
 
Como o jovem pode começar a trabalhar se não existe nenhum programa de profissionalização e muito menos de incentivo?
 
O país caminha para um futuro caos em mão de obra, pois as empresas não oferecem oportunidades aos jovens e discriminam quem tem um pouco mais de 40 anos.
 
 
Porque uma criança, adolescente e jovem inicia o uso desta ou daquela substância?
 
Infelizmente vemos que normalmente as pessoas iniciam o uso por:
 
A falta de atenção e amor dos pais para com o indivíduo, as constantes discussões entre os pais, a agressão familiar, a falta de compreensão, as regras e normas impostas (muitas vezes de forma excessiva), o excesso de liberdade, os locais e pessoas com aos quais os pais se relacionam, o excesso de cobrança de resultados nos estudos e no trabalho, o excesso de mimo, o uso de álcool e drogas dos próprios pais, são fatores que normalmente fazem com que haja fuga do indivíduo para grupos sociais onde a droga e o álcool são as “soluções dos problemas”.
 
Muitos pais dão ao jovem ou adolescente a condição de tomar as suas próprias decisões e se comportarem da maneira que pensam com relação ás pessoas e a tudo o que o mundo oferece. Porém se esquecem, que o adolescente ou jovem é imaturo, ainda não conseguiu formar opinião própria e se deixam facilmente serem influenciados por opiniões e atitudes de outras pessoas, espelhando-se em indivíduos que aparentemente são felizes agindo de forma de que, tudo pode, tudo convém e nada lhes é proibido.
 
Os pais devem tomar muito cuidado com relação á liberdade atribuída aos filhos, ela não pode ser demais, porém também não pode ser de menos, A conversa franca, honesta e muito diálogo, são fundamentais no desenvolvimento dos adolescentes e jovens. Os pais devem formar as opiniões dos filhos, caso contrario, outras pessoas a formarão, e pode ser que seja um traficante ou usuário de drogas, ladrão, pedófilo, prostituta, estuprador, desocupado, delinquente, alcoólatra, etc.
 
Hoje infelizmente dentro de nossas casas é comum ter bebida alcoólica, é comum os filhos verem os pais se divertindo bebendo em festas, viagens, churrascos, encontro familiar ou com amigos. A cabeça de uma criança diante dessa situação associa que o álcool é bom, pois os pais estão sempre alegres e felizes quando bebem, daí a curiosidade de experimentar e quando vai se dar conta já é um alcoólatra.
 
Outros pais totalmente desinformados têm o habito de levar seus filhos á bares, acostumando-os desde pequenos ao ambiente do bar, e o que se aprende de pequeno se põem em prática quando adulto.
Alguns pais até chegam a molhar o bico da chupeta de crianças em cervejas, aguardente ou vinhos, em champanhe em festas de fim de ano, despertando desde a infância a disposição do indivíduo a fazer o uso do álcool.
 
Muitos pais quando descobrem que seus filhos estão fazendo o uso de drogas ou bebendo demais, normalmente condenam os filhos, chegando até a agredi-los verbalmente e fisicamente, mas se esquecem, que tudo isso começou do incentivo que eles ”os próprios pais” deram á seus filhos durante a sua infância.
 
É também comum, jovens iniciarem o uso de álcool e drogas após separações de seus pais, o jovem não entende a separação, assimila um sentimento de perca, do pai ou da mãe, se sente solitário, desprotegido, triste, infeliz, angustiado, depressivo, rejeitado, e assim fica vulnerável, buscando consolo e apoio na sociedade externa, amigos de escola, trabalho, lazer, porém na sua condição deplorável não é aceito no grupo de pessoas alegres e felizes, mas é aceito no grupo dos derrotados, e uma vez no grupo dos derrotados, se torna também um.
 
No mundo em que vivemos onde o individualismo prevalece, ás pessoas perderam a intenção de viver em pró do bem comum, tornando-se egoístas, orgulhosos, materialistas, amantes do dinheiro e do poder. E, é essa a educação que em muitos casos o jovem/adolescente recebe de seus pais. Nessa educação os valores da família não são preservados, os valores do bem comum muito menos, a educação religiosa é esquecida e os jovens/adolescentes se frustram com o ser humano, pois devido à imaturidade não compreendem os verdadeiros valores da existência.
 
Os jovens/adolescentes, desde cedo, dentro mesmo de sua própria casa percebem que, a paz, a harmonia e o amor não são tão primordiais como o sucesso financeiro e materialista, ficando assim devido a sua fragilidade expostos a tudo o que o mundo lhes oferece.
 
É importante ressaltar que uma educação religiosa ajuda e muito a compor uma personalidade positiva para cada indivíduo, pois tudo que é ensinado dentro de uma igreja é de grande proveito pessoal, familiar e social, pois os verdadeiros valores de amor, humildade, caridade, perdão e paz são revelados pelos ensinamentos religiosos.
 
Partimos agora para outra questão importantíssima relacionada ao motivo pelos quais as pessoas fazem o uso de drogas:
 
PROBLEMAS SENTIMENTAIS E EMOCIONAIS
 
O ser humano é muito vulnerável as questões emocionais e sentimentais, e muitas vezes não consegue lidar com esses problemas, fazendo então o uso de álcool e outras drogas, mascarando de alguma forma suas emoções e sentimentos.
 
As drogas então se tornam uma verdadeira válvula de escape para o ser humano, que no momento em que faz o uso, de alguma forma se sente aliviado, pois o álcool e as drogas a partir das substâncias que são liberadas no cérebro como a serotonina, a dopamina e a noradrenalina geram sensação de alívio e prazer.
 
Porém, os efeitos dessas substâncias passam e o problema não, a partir daí o ser humano começa a fazer o uso repetitivo das substâncias a fim de voltar a sentir novamente as sensações de alívio e prazer.
 
Com o uso repetitivo o organismo humano começa então criar tolerância á droga utilizada, exigindo que a pessoa aumente a quantidade a ser ingerida.
 
Após o organismo criar a tolerância e com o aumento no consumo desenvolve-se então no indivíduo aDEPENDÊNCIA QUÍMICA.
 
As questões emocionais e sentimentais que induzem o ser humano a fazer o uso de drogas são das mais variadas possíveis, portanto damos aqui alguns exemplos de sentimentos e emoções que normalmente fazem com que a pessoa comece a fazer o uso de drogas.
 
Depressão, tristeza, desanimo, negação própria, negação por parte de terceiros, ficar ansioso, estressado, angustiado, ter solidão, preocupação, frustração, desilusão, decepção, traição, timidez, rejeição, ser humilhado ou criticado, auto piedade, ter lembranças ruins, ciúmes, inveja, raiva ou ressentimento, ódio, nervosismo, tédio da vida, sentir-se incapaz de realizar algo, sentimento de perca, falta de aceitação, falta de perdão próprio, dificuldade em perdoar a terceiros, desilusão amorosa, euforia, alegria, paixão em excesso, etc.
 
Também temos as pessoas que iniciam o suo de drogas devido as mais diversas situações difíceis que a vida oferece, ou situações difíceis do dia a dia de qualquer ser humano, como:
 
Compromissos, reuniões sociais, reunião de trabalho, negócios, falar em público, falar com estranhos, falar com o chefe, desentendimentos ou discussões, desentendimento familiar, iniciar relacionamento amoroso, terminar relacionamento amoroso, ficar em companhia de pessoas que usam drogas ou álcool, doença ou morte, acidentes, notícias ruins, problemas financeiros, etc.
 
Em outros casos pessoas fazem o uso de álcool e/ou drogas por situações de diversão e prazer:
 
Festas, euforia, alegria, ficar exaltado, estar em momentos de alegria com amigos que bebem e usam drogas, receber boas notícias, dinheiro, estar apaixonado, sexo, pratica de esportes, viagens, fins de semana e feriados, férias, etc.
 
Outros começam o uso por:
 
Problemas físicos ou psicológicos, insônia, problemas sexuais, dores físicas, doenças próprias, doenças de familiares, sono, cansaço, solidão, pensamentos desagradáveis, medo de sair á rua, ociosidade, etc.
 
Uma das questões principais para a pessoa iniciar o uso de drogas deve-se também aos traumas de infância, como:
 
Ter sofrido descriminação da sociedade, da família ou no colégio, por o seu nascimento ter sido indesejado pelos pais, morte de alguém que amava muito, ter sido espancado pelos pais, ter sido espancado por terceiros, ter pais usuários de álcool e drogas, abuso sexual, ofensa moral, desilusão amorosa, por ter se sentido inferior ou mais pobre que os demais, por ter sido abandonado pelo pai ou pela mãe, por não ter se sentido amado, por ter se sentido excluído, por ter vivido na miséria, por ter pais que foram presos, por ter pais contraventores da lei, etc.
 
Temos que admitir também que existem questões psiquiátricas que podem levar uma pessoa ao uso de álcool e drogas, e somente com um bom profissional fazendo o devido acompanhamento clínico é que se obtém resultados satisfatórios na recuperação.
 
Vale lembrar que pessoas também fazem o uso de drogas com a intenção de permanecer mais tempo acordado e outras fazem até para emagrecer.
 
Enfim, temos uma infinidade de motivos ao qual leva uma pessoa a fazer o uso de álcool e drogas, apenas identificamos alguns casos, porém, muitos outros motivos existem e baseado nessa questão é que afirmamos que a dependência química deve ser tratada de forma individual, pois somente assim poderemos verificar realmente os motivos que levaram a pessoa a começar a fazer o uso de alguma substância entorpecente e consequentemente torna-la um dependente químico.
 
Vale lembrar que a dependência química não tem cura, mas, tem controle, e quanto antes a pessoa iniciar um tratamento mais fácil será dela se libertar do vício.
 
Rogério Fernando Cozer
Coordenador de Projetos de Prevenção ao uso de álcool e outras Drogas
 
 
PROJETO
DROGAS NA INFÂNCIA... NÃO!