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sábado, 14 de dezembro de 2013

D.I.N! ... PORQUE O SER HUMANO FAZ O USO DE DROGAS E SE TORNA UM DEPENDENTE QUÍMICO?

PORQUE O SER HUMANO FAZ O USO DE DROGAS E SE TORNA UM DEPENDENTE QUÍMICO?


Os estudos relacionados á dependência química a cada dia que passa tem se tornado maior e por mais que as pessoas especializadas em dependência química busquem soluções para ela, aparentemente ainda estamos bem longe de chegar a um denominador comum e resolver essa questão que vem ceifando vidas cada vez mais e mais.
 
Conseguimos identificar uma enormidade de fatores que induzem o ser humano a fazer o uso de drogas, porém cada um, por uma questão diferente, um do outro, faz o consumo.
 
Tentaremos nessa matéria identificar o máximo possível ás diversas razões de o porquê do ser humano fazer o uso de drogas e consequentemente se tornar um dependente químico.
 
Primeiro gostaria de ressaltar que as pessoas não fazem o uso e consumo de drogas pelo mesmo motivo, e ao contrário do que muita gente fala, os dependentes químicos não são iguais, portanto o fator que leva o depende “A” ao uso não é o mesmo que leva o dependente químico “B”.
 
Existe um erro muito grande por parte de muitos terapeutas de dependência química onde generaliza o dependente, tratando a todos da mesma forma. A questão da dependência química por ser individual deve ser tratada de forma individual, avaliando sistematicamente o individuo, verificando todo um histórico de formação de caráter e personalidade, avaliando todo o seu histórico de vida e entendo profundamente o seu comportamento com relação as suas emoções e sentimentos.
 
Quando fazemos a pergunta “PORQUE O SER HUMANO FAZ O USO DE DROGAS E SE TORNA UM DEPENDENTE QUÍMICO?"...
 
Temos que, em um primeiro momento entender que isso ocorre porque as drogas existem no mercado.
 
Se elas não existissem logicamente não haveria o consumo. Daí vem á argumentação:
 
Se as autoridades sabem dessa questão, então porque elas existem?
 
É claro que está em jogo uma série de interesses, pois, não tenho dúvidas que se realmente houvesse um intenso combate a plantação, produção, industrialização, transporte, comércio e consumo de drogas, o cerco se fecharia e assim as drogas não estariam transitando com tanta facilidade no meio da população.
 
É um absurdo o que vemos acontecer, ao invés de reforçarem as leis para coibir o uso de drogas, vemos leis serem aprovadas para descriminalizar as drogas, tornando assim, mais fácil o consumo. E o pior de tudo é que estão criando brechas para os plantadores, industrializadores e traficantes, dando á eles a opção de argumentarem que são dependentes químicos e que aquilo que fazem é para consumo próprio.
 
A partir do momento em que as drogas existem no mercado, e pelo que observamos vão continuar existindo, também é logico que continuará existindo o consumo, sendo assim, temos que partir para uma outra opção, afim de que o ser humano não faça mais o consumo.
 
Se tivéssemos uma política de PREVENÇÃO ao uso de drogas, onde as pessoas fossem informadas dos prejuízos que o consumo de drogas traz para o individuo, com certeza menos pessoas se iniciariam no uso, e mais pessoas deixariam de usar.
 
Mas o que acontece na verdade é exatamente o oposto. Já citamos a descriminalização das drogas, e a questão vai ainda mais longe.
 
Perceba as propagandas veiculadas nos veículos de comunicação, o quão grande é incentivador as pessoas fazerem o uso de bebidas alcoólicas, e saiba que o álcool é a porta principal de entrada para o uso das demais drogas.
 
Analisem os diversos programas de televisão, os filmes e as novelas, também da mesma forma incentivam ao consumo de drogas. “Não só as drogas, como, adultério, prostituição, homossexualismo, etc.”.
 
Se pararmos para ouvir bem e prestar atenção, perceberemos que existe uma variedade de músicas que tocam abertamente em qualquer horário do dia, em que fazem apologia ao uso e consumo de drogas.
Não temos nas escolas nenhuma política de prevenção ao uso de drogas, porém temos traficantes dentro e nos portões da maioria das escolas do mundo.
 
Nosso governo investe muito pouco dinheiro em Politicas de Prevenção ao uso de Drogas (não entendo o porquê, pois ele gasta muito mais com os benefícios que paga para os dependentes químicos afastados por auxílio doença, bem como com o atendimento e tratamento de usuários de álcool e drogas na rede publica de saúde).
 
Não existe hoje a devida repreensão ao consumo de bebidas alcoólicas por menores de 18 anos, a lei existe, nem todos cumprem, e os responsáveis de fazerem essa lei ser cumprida não fazem a devida fiscalização, e muito menos punem com rigor os infratores.
 
Também temos a lei de que não se pode dirigir um veículo após ter ingerido uma certa dosagem de bebidas alcoólicas, porém, também não funciona, alias, funciona para o pobre, mas não deveria ser assim, as leis são criadas para todos e não somente para alguns. Assim a própria polícia também não segue com rigor e não aplica a lei de forma correta.
 
Os fatores acima contribuem para que o ser humano faça o uso e consumo de álcool e outras drogas, porém isso foi só o começo.
 
Comecei com a questão da PREVENÇÃO, pois sabemos que prevenir é melhor que remediar, mas não existe muito interesse daqueles que poderiam fazer esse trabalho.
 
A questão da PREVENÇÃO ao uso de drogas não deve ser somente atribuída ao governo.
 
Se as empresas privadas e as instituições religiosas se unissem nessa causa, a ação seria também muito grande e os resultados seriam bastante satisfatórios.
 
Mas as empresas não fazem PREVENÇÃO, pois comprometeria a produção. Imagina ter que mandar o funcionário parar de produzir para participar de palestras de prevenção, o prejuízo seria enorme. Mas o empregador não considera o “quanto” ele perde por ter um funcionário dependente químico, não considera os riscos de acidentes de trabalho, as brigas e discussões, o mau atendimento do empregado, as faltas, atrasos, indenizações, etc.
 
Também fica difícil do empregador fazer PREVENÇÃO ao uso de drogas, se ele mesmo faz o uso.
 
As instituições religiosas também não dão muita atenção, pois fazem em suas festas o comércio de bebidas. 
 
Se fizerem um trabalho de PREVENÇÃO ao uso de álcool e outras drogas, como venderão bebidas alcoólicas em suas festas e quermesses?
 
Percebem como sempre a um jogo de interesses e o ser humano vai ficando vulnerável ao álcool e outras drogas.
 
Não sei se posso dizer que há um descaso da sociedade com o dependente, mas esse é meu ponto de vista e gostaria muito que não fosse assim.
 
As pessoas comuns da sociedade olham de maneira marginalizada para o dependente químico e alcoólico, e se esquecem de que é um problema de saúde reconhecido pela OMS Organização Mundial da Saúde, além de ser um problema social e educacional.
 
Se pararmos para pensar os diversos motivos que levaram uma determinada pessoa a chegar ao ponto de se tornar um dependente, admitimos então, que não se trata de um simples caso de falta de vergonha na cara como na maioria das vezes é associada.
 
Pobreza:
 
Na grande maioria dos casos o dependente é de família pobre, é muito mais fácil e rentável para o jovem trabalhar no tráfico de drogas e assim também fazer o uso, do que conseguir arrumar um emprego.
Existe um grande número de crianças abandonadas por todo o mundo e uma vez que a parte boa da sociedade não as abriga, automaticamente são engolidas pela parte ruim onde fazem parte já um grande número de dependentes.
 
Os locais de moradia das pessoas menos favorecidas (pobres) não recebem a devida segurança ao qual é o direito de todo cidadão, facilitando o acesso de traficantes e dependentes.
 
As pessoas menos favorecidas (pobres) infelizmente sofrem com discriminação por parte da sociedade, não tendo acesso a determinados locais de lazer, educação e cultura.
 
Em alguns casos é mais fácil conseguir droga ou álcool do que alimento, muitas crianças iniciam-se nas drogas por passarem fome.
 
Por não terem estrutura familiar, educacional e social o individuo muitas vezes inicia-se na droga ou álcool por se sentir rejeitado, discriminado e humilhado.
 
Más companhias:
 
Por falta de acompanhamento familiar, por estar vulnerável devido ao local em que reside, por não haver o devido controle dentro e fora das escolas, por discriminação social ou racial, o indivíduo encontra em grupos ou tribos, pessoas que o acolhem oferecendo aquilo que ele não obteve aonde mais precisava.
 
Falta de incentivo aos estudos:
 
Até hoje eu não consegui entender porque o pobre começa estudar em uma escola pública e tem que terminar em uma universidade paga (quando consegue), enquanto o mais privilegiado financeiramente inicia em uma escola paga e termina em uma universidade pública.
 
Devido muitas vezes os pais terem que trabalhar fora, não acompanharem devidamente seus filhos, pelo fato de as crianças pobres não terem livre acesso a locais de cultura e lazer, por não terem condições de lazer e diversão, eles deixam de estudar para buscar essas coisas nos momentos em que os pais não estão próximos.
 
Contato direto com álcool, drogas, traficantes e usuários dentro e nas proximidades dos colégios: é muito comum dentro e nas proximidades dos colégios a droga transitar livremente e com fácil acesso por todos.
Interessante é saber que mesmo todo mundo sabendo disso, ninguém faz nada.
 
Importante:
 
A dependência química deveria ser matéria obrigatória dentro das escolas, explicando os males que ela traz para o indivíduo, á família e á sociedade.
 
Os responsáveis pela educação deveriam contratar pessoas dependentes e que se recuperaram para fazerem palestras de prevenção contra álcool e drogas, em todas ás escolas do país, com certeza o número de pessoas que iniciam na droga ou no álcool seria bem menor, bem como os usuários também.
 
Discriminações e preconceitos:
 
Jovens, adolescentes e crianças, são discriminadas a todo momento devido a sua condição social, cor, raça, estado de origem, credo religioso, defeitos físicos, etc., não são aceitas na sociedade como um ser humano, e o pior de tudo é que a discriminação e o preconceito hoje é lição de casa dentro de grande parte das famílias brasileiras, principalmente por aquelas que não sabem o que é passar fome ou não ter aonde dormir.
 
Falta de emprego: Faltam projetos sociais aonde incentive o jovem e o adolescente a estudar em um período do dia e no outro estagiar em alguma empresa aonde possa receber um salário e aprender uma profissão.
 
Essas condições infelizmente são oferecidas á uma parte da sociedade mais bem sucedida.
 
Como o jovem pode começar a trabalhar se não existe nenhum programa de profissionalização e muito menos de incentivo?
 
O país caminha para um futuro caos em mão de obra, pois as empresas não oferecem oportunidades aos jovens e discriminam quem tem um pouco mais de 40 anos.
 
 
Porque uma criança, adolescente e jovem inicia o uso desta ou daquela substância?
 
Infelizmente vemos que normalmente as pessoas iniciam o uso por:
 
A falta de atenção e amor dos pais para com o indivíduo, as constantes discussões entre os pais, a agressão familiar, a falta de compreensão, as regras e normas impostas (muitas vezes de forma excessiva), o excesso de liberdade, os locais e pessoas com aos quais os pais se relacionam, o excesso de cobrança de resultados nos estudos e no trabalho, o excesso de mimo, o uso de álcool e drogas dos próprios pais, são fatores que normalmente fazem com que haja fuga do indivíduo para grupos sociais onde a droga e o álcool são as “soluções dos problemas”.
 
Muitos pais dão ao jovem ou adolescente a condição de tomar as suas próprias decisões e se comportarem da maneira que pensam com relação ás pessoas e a tudo o que o mundo oferece. Porém se esquecem, que o adolescente ou jovem é imaturo, ainda não conseguiu formar opinião própria e se deixam facilmente serem influenciados por opiniões e atitudes de outras pessoas, espelhando-se em indivíduos que aparentemente são felizes agindo de forma de que, tudo pode, tudo convém e nada lhes é proibido.
 
Os pais devem tomar muito cuidado com relação á liberdade atribuída aos filhos, ela não pode ser demais, porém também não pode ser de menos, A conversa franca, honesta e muito diálogo, são fundamentais no desenvolvimento dos adolescentes e jovens. Os pais devem formar as opiniões dos filhos, caso contrario, outras pessoas a formarão, e pode ser que seja um traficante ou usuário de drogas, ladrão, pedófilo, prostituta, estuprador, desocupado, delinquente, alcoólatra, etc.
 
Hoje infelizmente dentro de nossas casas é comum ter bebida alcoólica, é comum os filhos verem os pais se divertindo bebendo em festas, viagens, churrascos, encontro familiar ou com amigos. A cabeça de uma criança diante dessa situação associa que o álcool é bom, pois os pais estão sempre alegres e felizes quando bebem, daí a curiosidade de experimentar e quando vai se dar conta já é um alcoólatra.
 
Outros pais totalmente desinformados têm o habito de levar seus filhos á bares, acostumando-os desde pequenos ao ambiente do bar, e o que se aprende de pequeno se põem em prática quando adulto.
Alguns pais até chegam a molhar o bico da chupeta de crianças em cervejas, aguardente ou vinhos, em champanhe em festas de fim de ano, despertando desde a infância a disposição do indivíduo a fazer o uso do álcool.
 
Muitos pais quando descobrem que seus filhos estão fazendo o uso de drogas ou bebendo demais, normalmente condenam os filhos, chegando até a agredi-los verbalmente e fisicamente, mas se esquecem, que tudo isso começou do incentivo que eles ”os próprios pais” deram á seus filhos durante a sua infância.
 
É também comum, jovens iniciarem o uso de álcool e drogas após separações de seus pais, o jovem não entende a separação, assimila um sentimento de perca, do pai ou da mãe, se sente solitário, desprotegido, triste, infeliz, angustiado, depressivo, rejeitado, e assim fica vulnerável, buscando consolo e apoio na sociedade externa, amigos de escola, trabalho, lazer, porém na sua condição deplorável não é aceito no grupo de pessoas alegres e felizes, mas é aceito no grupo dos derrotados, e uma vez no grupo dos derrotados, se torna também um.
 
No mundo em que vivemos onde o individualismo prevalece, ás pessoas perderam a intenção de viver em pró do bem comum, tornando-se egoístas, orgulhosos, materialistas, amantes do dinheiro e do poder. E, é essa a educação que em muitos casos o jovem/adolescente recebe de seus pais. Nessa educação os valores da família não são preservados, os valores do bem comum muito menos, a educação religiosa é esquecida e os jovens/adolescentes se frustram com o ser humano, pois devido à imaturidade não compreendem os verdadeiros valores da existência.
 
Os jovens/adolescentes, desde cedo, dentro mesmo de sua própria casa percebem que, a paz, a harmonia e o amor não são tão primordiais como o sucesso financeiro e materialista, ficando assim devido a sua fragilidade expostos a tudo o que o mundo lhes oferece.
 
É importante ressaltar que uma educação religiosa ajuda e muito a compor uma personalidade positiva para cada indivíduo, pois tudo que é ensinado dentro de uma igreja é de grande proveito pessoal, familiar e social, pois os verdadeiros valores de amor, humildade, caridade, perdão e paz são revelados pelos ensinamentos religiosos.
 
Partimos agora para outra questão importantíssima relacionada ao motivo pelos quais as pessoas fazem o uso de drogas:
 
PROBLEMAS SENTIMENTAIS E EMOCIONAIS
 
O ser humano é muito vulnerável as questões emocionais e sentimentais, e muitas vezes não consegue lidar com esses problemas, fazendo então o uso de álcool e outras drogas, mascarando de alguma forma suas emoções e sentimentos.
 
As drogas então se tornam uma verdadeira válvula de escape para o ser humano, que no momento em que faz o uso, de alguma forma se sente aliviado, pois o álcool e as drogas a partir das substâncias que são liberadas no cérebro como a serotonina, a dopamina e a noradrenalina geram sensação de alívio e prazer.
 
Porém, os efeitos dessas substâncias passam e o problema não, a partir daí o ser humano começa a fazer o uso repetitivo das substâncias a fim de voltar a sentir novamente as sensações de alívio e prazer.
 
Com o uso repetitivo o organismo humano começa então criar tolerância á droga utilizada, exigindo que a pessoa aumente a quantidade a ser ingerida.
 
Após o organismo criar a tolerância e com o aumento no consumo desenvolve-se então no indivíduo aDEPENDÊNCIA QUÍMICA.
 
As questões emocionais e sentimentais que induzem o ser humano a fazer o uso de drogas são das mais variadas possíveis, portanto damos aqui alguns exemplos de sentimentos e emoções que normalmente fazem com que a pessoa comece a fazer o uso de drogas.
 
Depressão, tristeza, desanimo, negação própria, negação por parte de terceiros, ficar ansioso, estressado, angustiado, ter solidão, preocupação, frustração, desilusão, decepção, traição, timidez, rejeição, ser humilhado ou criticado, auto piedade, ter lembranças ruins, ciúmes, inveja, raiva ou ressentimento, ódio, nervosismo, tédio da vida, sentir-se incapaz de realizar algo, sentimento de perca, falta de aceitação, falta de perdão próprio, dificuldade em perdoar a terceiros, desilusão amorosa, euforia, alegria, paixão em excesso, etc.
 
Também temos as pessoas que iniciam o suo de drogas devido as mais diversas situações difíceis que a vida oferece, ou situações difíceis do dia a dia de qualquer ser humano, como:
 
Compromissos, reuniões sociais, reunião de trabalho, negócios, falar em público, falar com estranhos, falar com o chefe, desentendimentos ou discussões, desentendimento familiar, iniciar relacionamento amoroso, terminar relacionamento amoroso, ficar em companhia de pessoas que usam drogas ou álcool, doença ou morte, acidentes, notícias ruins, problemas financeiros, etc.
 
Em outros casos pessoas fazem o uso de álcool e/ou drogas por situações de diversão e prazer:
 
Festas, euforia, alegria, ficar exaltado, estar em momentos de alegria com amigos que bebem e usam drogas, receber boas notícias, dinheiro, estar apaixonado, sexo, pratica de esportes, viagens, fins de semana e feriados, férias, etc.
 
Outros começam o uso por:
 
Problemas físicos ou psicológicos, insônia, problemas sexuais, dores físicas, doenças próprias, doenças de familiares, sono, cansaço, solidão, pensamentos desagradáveis, medo de sair á rua, ociosidade, etc.
 
Uma das questões principais para a pessoa iniciar o uso de drogas deve-se também aos traumas de infância, como:
 
Ter sofrido descriminação da sociedade, da família ou no colégio, por o seu nascimento ter sido indesejado pelos pais, morte de alguém que amava muito, ter sido espancado pelos pais, ter sido espancado por terceiros, ter pais usuários de álcool e drogas, abuso sexual, ofensa moral, desilusão amorosa, por ter se sentido inferior ou mais pobre que os demais, por ter sido abandonado pelo pai ou pela mãe, por não ter se sentido amado, por ter se sentido excluído, por ter vivido na miséria, por ter pais que foram presos, por ter pais contraventores da lei, etc.
 
Temos que admitir também que existem questões psiquiátricas que podem levar uma pessoa ao uso de álcool e drogas, e somente com um bom profissional fazendo o devido acompanhamento clínico é que se obtém resultados satisfatórios na recuperação.
 
Vale lembrar que pessoas também fazem o uso de drogas com a intenção de permanecer mais tempo acordado e outras fazem até para emagrecer.
 
Enfim, temos uma infinidade de motivos ao qual leva uma pessoa a fazer o uso de álcool e drogas, apenas identificamos alguns casos, porém, muitos outros motivos existem e baseado nessa questão é que afirmamos que a dependência química deve ser tratada de forma individual, pois somente assim poderemos verificar realmente os motivos que levaram a pessoa a começar a fazer o uso de alguma substância entorpecente e consequentemente torna-la um dependente químico.
 
Vale lembrar que a dependência química não tem cura, mas, tem controle, e quanto antes a pessoa iniciar um tratamento mais fácil será dela se libertar do vício.
 
Rogério Fernando Cozer
Coordenador de Projetos de Prevenção ao uso de álcool e outras Drogas
 
 
PROJETO
DROGAS NA INFÂNCIA... NÃO!


D.I.N! ... CONSEQUÊNCIAS DO USO DE DROGAS

CONSEQUÊNCIAS DO USO DE DROGAS


Em um primeiro momento temos que saber que, as pessoas fazem uso de drogas por elas PROPORCIONAREM PRAZER. Se isso não fosse verdade jamais a pessoa repetiria o uso.
Tudo se inicia com essa intenção, e por provocar prazer existe a repetição do uso.
Tenho informado a pais que não adianta falar para seus filhos que a droga é ruim, pois se eles experimentarem vão sentir prazer, acharão que seus pais são caretas e mal informados e continuarão a fazer o uso.
A informação para o jovem deve ser feita de forma preventiva informando que a droga num primeiro momento proporciona prazer, porém, com o passar do tempo e com a continuidade do uso, as consequências são dramáticas. Os pais tem obrigação de prevenir junto aos seus filhos o uso de drogas e isso é muito fácil, a própria internet está repleta de matérias, fotos, vídeos e depoimentos que mostram o quão grande é o poder de destruição das drogas.
Sugiro também que os pais tirem de dentro de suas casas toda e qualquer tipo de droga, principalmente o álcool que por ser uma droga licita faz parte do dia a dia de muitas famílias.
Se você pai não quer ver seu filho fazendo uso de drogas e não se tornar um possível alcoólatra, tem que começar dando o exemplo. “PRIMEIRO VOCÊ TEM QUE PARAR DE BEBER E OU USAR DROGAS”, caso contrário seus filhos jamais te respeitarão.
Com o uso repetitivo das drogas que em um primeiro momento proporciona prazer, o organismo humano desenvolve a “TOLERÂNCIA”, fazendo com que o indivíduo aumente progressivamente o uso, desencadeando assim a“DEPENDÊNCIA QUÍMICA”.
A dependência química é uma doença e após ela se estabelecer no indivíduo não existe mais a cura, porém existe o controle, e só se controla quando o dependente químico fica totalmente abstêmio do uso das substâncias.
A questão é que ficar totalmente abstêmio do uso das substâncias se torna bastante difícil para o dependente, uma vês, que a dependência química dependendo da droga utilizada se torna uma doença que afeta o ser humano em questões “FÍSICAS, PSÍQUICAS, PSICOLÓGICAS, EMOCIONAIS, SENTIMENTAIS, COMPORTAMENTAIS E ESPIRITUAIS”.
É por isso que temos um número tão grande de dependentes químicos no uso, e um número tão baixo de dependentes químicos recuperados.
As consequências do uso de drogas no ser humano são enormes, e afetam o indivíduo em todas as áreas de sua vida, ocasionando á ele inúmeros problemas, como:
ASPECTOS FAMILIARES
COMPORTAMENTO DESREGRADO;
DESCUMPRIMENTO DE SUAS RESPONSABILIDADES;
DESENTENDIMENTO FAMILIAR;
DESCONTROLE EMOCIONAL E SENTIMENTAL;
DISCUSSÕES BRIGAS E AGRESSÕES;
ADULTÉRIO;
PROSTITUIÇÃO;
PROBLEMAS FINANCEIROS;
DESESTRUTURAÇÃO FAMILIAR.
ASPECTOS PROFISSIONAIS
DEVIDO AO USO SE ALIMENTA MAL, DORME MAL E FICA INDISPOSTO AO TRABALHO;
PERDE A QUALIDADE DE TRABALHO E PASSA A TER QUEDA DE PRODUTIVIDADE;
COMEÇA A TER PROBLEMAS DE RELACIONAMENTO COM COLEGAS, CHEFIAS, FORNECEDORES E CLIENTES;
SENTE FALTA DE MOTIVAÇÃO;
CRIA RISCOS DE PROVOCAR ACIDENTES NO TRABALHO;
PASSA A TER INSATISFAÇÃO PESSOAL E PROFISSIONAL;
COM A ABSTINÊNCIA DA DROGA PROVOCA ATRAZOS, FALTAS E SAÍDAS DURANTE O EXPEDIENTE;
SE NÃO CUIDAR DA DEPENDÊNCIA - PERDE O EMPREGO.
ASPECTOS SOCIAIS
É DISCRIMINADO SOCIALMENTE;
SÓ É ACEITO POR PESSOAS NA MESMA CONDIÇÃO;
NÃO SE PREOCUPA MAIS COM O QUE OS OUTROS PENSAM E FALAM DE SI;
PASSA A SE ENVOLVER COM PESSOAS ERRADAS;
PARA ARRUMAR DINHEIRO PARA SUSTENTAR O VÍCIO FAZ QUALQUER COISA;
COMETE DELITOS SOCIAIS, PRINCIPALMENTE ROUBOS E FURTOS;
PODE SER PRESO;
PERDE A FAMÍLIA;
PASSA A VIVER NA MISÉRIA E PODE SE TRONAR UM MORADOR DE RUA;
SE PROSTITUE PARA FAZER O USO DAS SUBSTÂNCIAS;
FICA DOENTE (DOENÇAS FISÍCAS, PSICOLÓGICAS E MENTAIS);
NÃO PROCURA AJUDA E QUANDO ENCONTRA...NEGA;
PODE MORRER.
Tudo isso sem contar a grande quantidade de acidentes de transito seguidos por morte ou não, pelo fato do motorista dirigir embriagado ou drogado.
Todos os delitos sociais de uma forma ou de outra estão ligados ao uso de álcool e drogas, como por exemplo: assaltos, roubos, estupros, homicídios, vandalismo, brigas, agressões, prostituição, sequestros, tráfico de armas, tráfico de drogas etc.
Vale lembrar que cada droga tem a sua característica, porém, todas elas levam ao mesmo lugar, além delas destruírem o ser humano dependente químico ela também tem o poder de destruir a todas as pessoas que fazem parte do circulo de vida do dependente, principalmente seus familiares.
A dependência química, quanto antes for tratada mais fácil torna-se de controla-la. Quanto mais tempo demorar para se iniciar um tratamento, mais difícil se torna do dependente se libertar do seu vício.

Projeto
DROGAS NA INFÂNCIA... NÃO!

D.I.N! ... ALCOOLISMO CLINICAMENTE FALANDO

ALCOOLISMO

CLINICAMENTE FALANDO


O que é?      
 
O alcoolismo é o conjunto de problemas relacionados ao consumo excessivo e prolongado do álcool; é entendido como o vício de ingestão excessiva e regular de bebidas alcoólicas, e todas as consequências decorrentes. O alcoolismo é, portanto, um conjunto de diagnósticos. Dentro do alcoolismo existe a dependência, a abstinência, o abuso (uso excessivo, porém não continuado), intoxicação por álcool (embriaguez). Síndromes amnéstica (perdas restritas de memória), demencial, alucinatória, delirante, de humor. Distúrbios de ansiedade, sexuais, do sono e distúrbios inespecíficos. Por fim o delirium tremens, que pode ser fatal.              
                                                                                                               
Assim o alcoolismo é um termo genérico que indica algum problema, mas medicamente para maior precisão, é necessário apontar qual ou quais distúrbios estão presentes, pois geralmente há mais de um.
 
 
O fenômeno da Dependência                                                        
 
O comportamento de repetição obedece a dois mecanismos básicos não patológicos: o reforço positivo e o reforço negativo. O reforço positivo refere-se ao comportamento de busca do prazer: quando algo é agradável a pessoa busca os mesmos estímulos para obter a mesma satisfação. O reforço negativo refere-se ao comportamento de evitação de dor ou desprazer. Quando algo é desagradável a pessoa procura os mesmos meios para evitar a dor ou desprazer, causados numa dada circunstância. A fixação de uma pessoa no comportamento de busca do álcool, obedece a esses dois mecanismos acima apresentados. No começo a busca é pelo prazer que a bebida proporciona. Depois de um período, quando a pessoa não alcança mais o prazer anteriormente obtido, não consegue mais parar porque sempre que isso é tentado surgem os sintomas desagradáveis da abstinência, e para evitá-los a pessoa mantém o uso do álcool. Os reforços positivo e negativo são mecanismos ou recursos normais que permitem às pessoas se adaptarem ao seu ambiente.

 
Tolerância e Dependência
 
A tolerância e a dependência ao álcool são dois eventos distintos e indissociáveis. A tolerância é a necessidade de doses maiores de álcool para a manutenção do efeito de embriaguez obtido nas primeiras doses. Se no começo uma dose de uísque era suficiente para uma leve sensação de tranquilidade, depois de duas semanas (por exemplo) são necessárias duas doses para o mesmo efeito. Nessa situação se diz que o indivíduo está desenvolvendo tolerância ao álcool. Normalmente, à medida que se eleva a dose da bebida alcoólica para se contornar a tolerância, ela volta em doses cada vez mais altas. Aos poucos, cinco doses de uísque podem se tornar inócuas para o indivíduo que antes se embriagava com uma dose. Na prática não se observa uma total tolerância, mas de forma parcial. Um indivíduo que antes se embriagava com uma dose de uísque e passa a ter uma leve embriaguez com três doses está tolerante apesar de ter algum grau de embriaguez. O alcoólatra não pode dizer que não está tolerante ao álcool por apresentar sistematicamente um certo grau de embriaguez. O critério não é a ausência ou presença de embriaguez, mas a perda relativa do efeito da bebida. A tolerância ocorre antes da dependência. Os primeiros indícios de tolerância não significam, necessariamente, dependência, mas é o sinal claro de que a dependência não está longe. A dependência é simultânea à tolerância. A dependência será tanto mais intensa quanto mais intenso for o grau de tolerância ao álcool. Dizemos que a pessoa tornou-se dependente do álcool quando ela não tem mais forças por si própria de interromper ou diminuir o uso do álcool.
O alcoólatra de "primeira viagem" sempre tem a impressão de que pode parar quando quiser e afirma: "quando eu quiser, eu paro". Essa frase geralmente encobre o alcoolismo incipiente e resistente; resistente porque o paciente nega qualquer problema relacionado ao álcool, mesmo que os outros não acreditem, ele próprio acredita na ilusão que criou. A negação do próprio alcoolismo, quando ele não é evidente ou está começando, é uma forma de defesa da auto-imagem (aquilo que a pessoa pensa de si mesma). O alcoolismo, como qualquer diagnóstico psiquiátrico, é estigmatizante. Fazer com que uma pessoa reconheça o próprio estado de dependência alcoólica, é exigir dela uma forte quebra da auto-imagem e consequentemente da auto-estima. Com a auto-estima enfraquecida a pessoa já não tem a mesma disposição para viver e, portanto, lutar contra a própria doença. É uma situação paradoxal para a qual não se obteve uma solução satisfatória.

 
Aspectos Gerais do Alcoolismo
 
A identificação precoce do alcoolismo geralmente é prejudicada pela negação dos pacientes quanto a sua condição de alcoólatras. Além disso, nos estágios iniciais é mais difícil fazer o diagnóstico, pois os limites entre o uso "social" e a dependência nem sempre são claros. Quando o diagnóstico é evidente e o paciente concorda em se tratar é porque já se passou muito tempo, e diversos prejuízos foram sofridos. É mais difícil de se reverter o processo. Como a maioria dos diagnósticos mentais, o alcoolismo possui um forte estigma social, e os usuários tendem a evitar esse estigma. Esta defesa natural para a preservação da auto-estima acaba trazendo atrasos na intervenção terapêutica. Para se iniciar um tratamento para o alcoolismo é necessário que o paciente preserve em níveis elevados sua auto-estima sem, contudo, negar sua condição de alcoólatra, fato muito difícil de se conseguir na prática. O profissional deve estar atento a qualquer modificação do comportamento dos pacientes no  seguinte sentido: falta de diálogo com o cônjuge, frequentes explosões temperamentais com manifestação de raiva, atitudes hostis, perda do interesse na relação conjugal. O Álcool pode ser procurado tanto para ficar sexualmente desinibido como para evitar a vida sexual. No trabalho os colegas podem notar um comportamento mais irritável do que o habitual, atrasos e mesmo faltas. Acidentes de carro passam a acontecer. Quando essas situações acontecem é sinal de que o indivíduo já perdeu o controle da bebida: pode estar travando uma luta solitária para diminuir o consumo do álcool, mas geralmente as iniciativas pessoais resultam em fracassos. As manifestações corporais costumam começar por vômitos pela manhã, dores abdominais, diarreia, gastrites, aumento do tamanho do fígado. Pequenos acidentes que provocam contusões, e outros tipos de ferimentos se tornam mais frequentes, bem como esquecimentos mais intensos do que os lapsos que ocorrem naturalmente com qualquer um, envolvendo obrigações e deveres sociais e trabalhistas. A susceptibilidade a infecções aumenta e dependendo da predisposição de cada um, podem surgir crises convulsivas. Nos casos de dúvidas quanto ao diagnóstico, deve-se sempre avaliar incidências familiares de alcoolismo porque se sabe que a carga genética predispõe ao alcoolismo. É muito mais comum do que se imagina a coexistência de alcoolismo com outros problemas psiquiátricos prévios ou mesmo precipitante. Os transtornos de ansiedade, depressão e insônia podem levar ao alcoolismo. Tratando-se a base do problema muitas vezes se resolve o alcoolismo. Já os transtornos de personalidade tornam o tratamento mais difícil e prejudicam a obtenção de sucesso.
 
 
Problemas Clínicos                                                                                      
 
Diversos são os problemas causados pela bebida alcoólica pesada e prolongada. Fugiria ao nosso objetivo entrar em detalhes a esse respeito, por isso abordaremos o tema superficialmente.
 
 
Sistema Nervoso
 
Amnésias nos períodos de embriaguez acontecem em 30 a 40% das pessoas no fim da
adolescência e início da terceira década de vida: provavelmente o álcool inibe algum dos sistemas de memória impedindo que a pessoa se recorde de fatos ocorridos durante o período de embriaguez. Induz a sonolência, mas o sono sob efeito do álcool não é natural, tendo sua estrutura registrada no eletroencefalograma alterado. Entre 5 e 15% dos alcoólatras apresentam neuropatia periférica. Este problema consiste num permanente estado de hipersensibilidade, dormência, formigamento nas mãos, pés ou ambos. Nas síndromes alcoólicas pode-se encontrar quase todas as patologias psiquiátricas: estados de euforia patológica, depressões, estados de ansiedade na abstinência, delírios e alucinações, perda de memória e comportamento desajustado.           
                                        
 
Sistema Gastrintestinal
 
Grande quantidade de álcool ingerida de uma vez pode levar a inflamação no esôfago e estômago o que pode levar a sangramentos além de enjoo, vômitos e perda de peso. Esses problemas costumam ser reversíveis, mas as varizes decorrentes de cirrose hepática além de irreversíveis, são potencialmente fatais devido ao sangramento de grande volume que pode acarretar. Pancreatites agudas e crônicas são comuns nos alcoólatras constituindo-se uma emergência à parte. A cirrose hepática é um dos problemas mais falados dos alcoólatras; é um problema irreversível e incompatível com a vida, levando o alcoólatra lentamente à morte.      
                                                                                                    
 
Câncer
 
Os alcoólatras estão 10 vezes mais sujeitos a qualquer forma de câncer que a população em geral.
 
 
Sistema Cardiovascular
 
Doses elevadas por muito tempo provocam lesões no coração provocando arritmias e outros problemas como trombos e derrames consequentes. É relativamente comum a ocorrência de um acidente vascular cerebral após a ingestão de grande quantidade de bebida.
 
 
Hormônios Sexuais
 
O metabolismo do álcool afeta o balanço dos hormônios reprodutivos no homem e na mulher. No homem o álcool contribui para lesões testiculares o que prejudica a produção de testosterona e a síntese de esperma. Já com cinco dias de uso contínuo de 220 gramas de álcool os efeitos acima mencionados começam a se manifestar e continua a se aprofundar com a permanência do álcool. Essa deficiência contribui para a feminilização dos homens, com o surgimento, por exemplo, de ginecomastia (presença de mamas no homem).       
                                                                                                     
 
Hormônios Tireoidianos
 
Não há evidências de que o alcoolismo afete diretamente os níveis dos hormônios tireoidianos. Há pacientes alcoólatras que apresentam alterações tanto para mais como para menos nos níveis desses hormônios; presume-se que quando isso ocorre seja de forma indireta por afetar outros sistemas do corpo.            
                                                           
 
Hormônio do crescimento
 
Alterações são observadas em indivíduos que abusam de álcool, mas essas alterações não provocam problemas detectáveis como inibição do crescimento ou baixa estatura, pelo menos até o momento.             
                                                                 
 
Hormônio Antidiurético
 
Esse hormônio inibe a perda de água pelos rins, o álcool inibe esse hormônio: como resultado a pessoa perde mais água que o habitual, urina mais, o que pode levar a desidratação.
 
 
Ociticina
 
Esse hormônio é responsável pelas contrações do útero no parto. O álcool tanto pode inibir um parto prematuro como atrapalhar um parto a termo, podendo tanto ser terapêutico como danoso.
 
 
Insulina
 
O álcool não afeta diretamente os níveis de insulina: quando isso acontece é por causa de uma possível pancreatite que é outro processo distinto. A diminuição do açúcar no sangue não se deve a ação do álcool sobre a insulina ou sobre o glucagon (outro hormônio envolvido no metabolismo do açúcar).
 
 
Gastrina
 
Este hormônio estimula a secreção de ácido no estômago preparando-o para a digestão. O principal estímulo para a secreção de gastrina é a presença de alimentos no  estômago, principalmente as proteínas. É controverso o efeito do álcool sobre a gastrina, alguns pesquisadores dizem que o álcool não provoca sua liberação, outros dizem que provoca, o que levaria ao aumento da acidez estomacal. Podem provocar úlceras no aparelho digestivo.
 
 
Recaída
 
A taxa de recaída (voltar a beber depois de ter se tornado dependente e parado com o uso de álcool) é muito alta: aproximadamente 90% dos alcoólatras voltam a beber nos 4 anos seguintes a interrupção, quando nenhum tratamento é feito. A semelhança com outras formas de dependência como a nicotina, tranquilizantes, estimulantes, etc, levam a crer que um há um mecanismo psicológico (cognitivo) em comum. O dependente que consiga manter-se longe do primeiro gole terá mais chances de contornar a recaída. O aspecto central da recaída é o chamado "craving", palavra sem tradução para o português que significa uma intensa vontade de voltar a consumir uma droga pelo prazer que ela causa. O craving é a dependência psicológica propriamente dita.
 
 
As mulheres são mais vulneráveis ao álcool que os homens?                                                                 
 
Aparentemente as mulheres são mais vulneráveis sim. Elas atingem concentrações sanguíneas de álcool mais altas com as mesmas doses quando comparadas aos homens. Parece também que sob a mesma carga de álcool os órgãos das mulheres são mais prejudicados do que o dos homens. A idade onde se encontra a maior incidência de alcoolismo feminino está entre 26e 34 anos, principalmente entre mulheres separadas. Se a separação foi causa ou efeito do alcoolismo isto ainda não está claro. As consequências do alcoolismo sobre os órgãos são diferentes nas mulheres: elas estão mais sujeitas a cirrose hepática do que o homem. Alguns estudos mostram que o consumo moderado de álcool diário aumenta as chances de câncer de mama. Um drink por dia não afeta a incidência desse câncer.
 
 
Filhos de Alcoólatras                                                                                              
 
Milhões de crianças e adolescentes convivem com algum parente alcoólatra no Brasil. As estatísticas mostram que eles estarão mais sujeitos a problemas emocionais e psiquiátricos do que a população desta faixa etária não exposta ao problema, o que de forma alguma significa que todos eles serão afetados. Na verdade 59% não desenvolvem nenhum problema. O primeiro problema que podemos citar é a baixa autoestima e auto-imagem com consequentes repercussões negativas sobre o rendimento escolar e demais áreas do funcionamento mental, inclusive em testes de QI. Esses adolescentes e crianças tendem quando examinados a subestimarem suas próprias capacidades e qualidades. Outros problemas comuns em filhos e parentes de alcoólatras são persistência em mentiras, roubo, conflitos e brigas com colegas, vadiagem e problemas com o colégio.
 
 
O alcoolismo é genético?                                                                                        
 
Esta pergunta bastante antiga vem sendo mais bem estudada nas últimas décadas através de estudos com gêmeos, e será mais aprofundada com o projeto genoma. A influência familiar do alcoolismo é um fato já conhecido e aceito. O que se pergunta é se o alcoolismo ocorre por influência do convívio ou por influência genética. Para responder a essa pergunta a melhor maneira é a verificação prática da influência, o que pode ser feito estudando os filhos dos alcoólatras. Estudos como esses podem investigar os gêmeos monozigóticos (idênticos) e os dizigóticos. Constatou-se que quando um dos gêmeos idênticos se torna alcoólatra o irmão se torna mais frequentemente alcoólatra do que os irmãos gêmeos não idênticos. Essa constatação mostra a influência genética real, mas não explica porque, mesmo tendo os "genes do alcoolismo," uma pessoa não se torna alcoólatra. Os estudos familiares mostraram que a participação genética é inegável, mas apenas parcial, os demais fatores que levam ao desenvolvimento do alcoolismo não estão suficientemente claros.
 
 
Problemas Psiquiátricos Causados pelo Alcoolismo
 
Abuso de Álcool                                                                       
 
A pessoa que abusa de álcool não é necessariamente alcoólatra, ou seja, dependente e faz uso continuado. O critério de abuso existe para caracterizar as pessoas que eventualmente, mas recorrentemente têm problemas por causa dos exagerados consumos de álcool em curtos períodos de tempo. Critérios: para se fazer esse diagnóstico é preciso que o paciente esteja tendo problemas com álcool durante pelo menos 12 meses e ter pelo menos uma das seguintes situações: a) prejuízos significativos no trabalho, escola ou família como faltas ou negligências nos cuidados com os filhos. b) exposição a situações potencialmente perigosas como dirigir ou manipular máquinas perigosas embriagado. c) problemas legais como desacato a autoridades ou superiores. d) persistência no uso de álcool apesar do apelo das pessoas próximas em que se interrompa o uso.        
                                                                            
 
Dependência ao Álcool                                                                                         
 
Para se fazer o diagnóstico de dependência alcoólica é necessário que o usuário venha tendo problemas decorrentes do uso de álcool durante 12 meses seguidos e preencher pelo menos 3 dos seguintes critérios: a) apresentar tolerância ao álcool -- marcante aumento da quantidade ingerida para produção do mesmo efeito obtido no início ou marcante diminuição dos sintomas de embriaguez ou outros resultantes do consumo de álcool apesar da continua ingestão de álcool. b) sinais de abstinência -- após a interrupção do consumo de álcool a pessoa passa a apresentar os seguintes sinais: sudorese excessiva, aceleração do pulso (acima de 100), tremores nas mãos, insônia, náuseas e vômitos, agitação psicomotora,  ansiedade, convulsões, alucinações táteis. A reversão desses sinais com a reintrodução do álcool comprova a abstinência. Apesar do álcool "tratar" a abstinência o tratamento de fato é feito com diazepam ou clordiazepóxido dentre outras medicações. c) o dependente de álcool geralmente bebe mais do que planejava beber d) persistente desejo de voltar a beber ou incapacidade de interromper o uso. e) emprego de muito tempo para obtenção de bebida ou recuperando-se do efeito. f) persistência na bebida apesar dos problemas e prejuízos gerados como perda do emprego e das relações familiares.
 
 
Abstinência alcoólica                                     
 
A síndrome de abstinência constitui-se no conjunto de sinais e sintomas observado nas pessoas que interrompem o uso de álcool após longo e intenso uso. As formas mais leves de abstinência se apresentam com tremores, aumento da sudorese, aceleração do pulso, insônia, náuseas e vômitos, ansiedade depois de 6 a 48 horas desde a última bebida. A síndrome de abstinência leve não precisa necessariamente surgir com todos esses sintomas, na maioria das vezes, inclusive, limita-se aos tremores, insônia e irritabilidade. A síndrome de abstinência torna-se mais perigosa com o surgimento do delirium tremens. Nesse estado o paciente apresenta confusão mental, alucinações, convulsões. Geralmente começa dentro de 48 a 96 horas a partir da ultima dose de bebida. Dada a potencial gravidade dos casos é recomendável tratar preventivamente todos os pacientes dependentes de álcool para se evitar que tais síndromes surjam. Para se fazer o diagnóstico de abstinência, é necessário que o paciente tenha pelo menos diminuído o volume de ingestão alcoólica, ou seja, mesmo não interrompendo completamente é possível surgir a abstinência. Alguns pesquisadores afirmam que as abstinências tornam-se mais graves na medida em que se repetem, ou seja, um dependente que esteja passando pela quinta ou sexta abstinência estará sofrendo os sintomas mencionados com mais intensidade, até que surja um quadro convulsivo ou de delirium tremens. As primeiras abstinências são menos intensas e perigosas.       
                                           
 
Delirium Tremens                                                                                                    
 
O Delirium Tremens é uma forma mais intensa e complicada da abstinência. Delirium é um diagnóstico inespecífico em psiquiatria que designa estado de confusão mental: a pessoa não sabe onde está, em que dia está, não consegue prestar atenção em nada, tem um comportamento desorganizado, sua fala é desorganizada ou ininteligível, a noite pode ficar mais agitado do que de dia. A abstinência e várias outras condições médicas não relacionadas ao alcoolismo podem causar esse problema. Como dentro do estado de delirium da abstinência alcoólica são comuns os tremores intensos ou mesmo convulsão, o nome ficou como Delirium Tremens. Um traço comum no delírio tremens, mas nem sempre presente são as alucinações táteis e visuais em que o paciente "vê" insetos ou animais asquerosos próximos ou pelo seu corpo. Esse tipo de alucinação pode levar o paciente a um estado de agitação violenta para tentar livrar-se dos animais que o atacam. Pode ocorrer  também uma forma de alucinação induzida, por exemplo, o entrevistador pergunta ao paciente se está vendo as formigas andando em cima da mesa sem que nada exista e o paciente passa a ver os insetos sugeridos. O Delirim Tremens é uma condição potencialmente fatal, principalmente nos dias quentes e nos pacientes debilitados. A fatalidade quando ocorre é devida ao desequilíbrio hidro eletrolítico do corpo. 
                                                        
 
Intoxicação pelo álcool                                                                                     
 
O estado de intoxicação é simplesmente a conhecida embriaguez, que normalmente é obtida voluntariamente. No estado de intoxicação a pessoa tem alteração da fala (fala arrastada), descoordenação motora, instabilidade no andar, nistagmo (ficar com olhos oscilando no plano horizontal como se estivesse lendo muito rápido), prejuízos na memória e na atenção, estupor ou coma nos casos mais extremos. Normalmente junto a essas alterações neurológicas apresenta-se um comportamento inadequado ou impróprio da pessoa que está intoxicada. Uma pessoa muito embriagada geralmente encontra-se nessa situação porque quis, uma leve intoxicação em alguém que não está habituado é aceitável por inexperiência mas não no caso de alguém que conhece seus limites. 
                                                  
 
Bernice-Korsakoff (síndrome amnéstica)                                                                         
 
Os alcoólatras "pesados" em parte (10%) desenvolvem algum problema grave de memória. Há dois desses tipos: a primeira é a chamada Síndrome Wernicke-Korsakoff (SWK) e a outra a demência alcoólica. A SWK é caracterizada por descoordenação motora, movimentos oculares rítmicos como se estivesse lendo (nistagmo) e paralisia de certos músculos oculares, provocando algo parecido ao estrabismo para quem antes não tinha nada. Além desses sinais neurológicos o paciente pode estar em confusão mental, ou se com a consciência clara, pode apresentar prejuízos evidentes na memória recente (não consegue gravar o que o examinador falou 5 minutos antes) e muitas vezes para preencher as lacunas da memória o paciente inventa histórias, a isto chamamos fabulações. Este quadro deve ser considerado uma emergência, pois requer imediata reposição da vitamina B1(tiamina) para evitar um agravamento do quadro. Os sintomas neurológicos acima citados são rapidamente revertidos com a reposição da tiamina, mas o déficit da memória pode se tornar permanente. Quando isso acontece o paciente apesar de ter a mente clara e várias outras funções mentais preservadas, torna-se uma pessoa incapaz de manter suas funções sociais e pessoais. Muitos autores referem-se a SWK como uma forma de demência, o que não está errado, mas a demência é um quadro mais abrangente, por isso preferimos o modelo americano que diferencia a SWK da demência alcoólica.
                                                              
 
Síndrome Demencial Alcoólica                                                                      
 
Esta é semelhante a demência propriamente dita como a de Alzheimer. No uso pesado e prolongado do álcool, mesmo sem a síndrome de Wernick-Korsakoff, o álcool pode provocar lesões difusas no cérebro prejudicando além da memória a capacidade de julgamento, de abstração de conceitos; a personalidade pode se alterar, o comportamento como um todo fica prejudicado. A pessoa torna-se incapaz de sustentar-se.
 
 
Síndrome de abstinência fetal                                                                  
 
A Síndrome de Abstinência Fetal descrita pela primeira vez em 1973 era considerada inicialmente uma consequência da desnutrição da mãe, posteriormente viu-se que os bebês das mães alcoólatras apresentavam problemas distintos dos bebês das mães desnutridas, além de outros problemas que esses não tinham. Constatou-se assim que os recém-natos das mães alcoólatras apresentam um problema específico, sendo então denominada Síndrome de Abstinência Fetal (SAF). As características da SAF são: baixo peso ao nascer, atraso no crescimento e no desenvolvimento, anormalidades neurológicas, prejuízos intelectuais, más formações do esqueleto e sistema nervoso, comportamento perturbado, modificações na pálpebra deixando os olhos mais abertos que o comum, lábio superior fino e alongado. O retardo mental e a hiperatividade são os problemas mais significativos da SAF. Mesmo não havendo retardo é comum ainda o prejuízo no aprendizado, na atenção e na memória; e também descoordenação motora, impulsividade, problemas para falar e ouvir. O déficit de aprendizado pode persistir até a idade adulta.
 
 
O estresse pode provocar alcoolismo?                                                                      
 
O estresse não determina o alcoolismo, mas estudos mostraram que pessoas submetidas a situações estressantes para as quais não encontra alternativa, tornam-se mais frequentemente alcoólatras. O álcool possui efeito relaxante e tranquilizante semelhante ao dos ansiolíticos. O problema é que o álcool tem muito mais efeitos colaterais que os ansiolíticos. Numa situação dessas o uso de ansiolíticos poderia prevenir o surgimento de alcoolismo. Na verdade o que se encontra é a vontade de abolir as preocupações com a embriaguez e isso os ansiolíticos não proporcionam, ou o fazem em doses que levariam ao sono. O homem quando submetido a estresse tende a procurar não a tranquilidade, mas o prazer. Daí que a vida sexualmente promíscua muitas vezes é acompanhada de abuso de álcool e drogas. O fato de uma pessoa não encontrar uma solução para seu estresse não significa que a solução não exista. A Logoterapia, por exemplo, ajuda o paciente a encontrar um significado na sua angústia. Não suprime a fonte da angústia, mas a torna mais suportável. Quando uma dor adquire um sentido, torna-se possível contorná-la, continuar a vida com um sorriso, desde que ela não seja incapacitante. Sob esse aspecto a logoterapia pode ajudar a vencer o alcoolismo nas suas etapas iniciais, quando ainda não surgiu dependência química. Uma situação de estresse real que passamos atualmente é o desemprego. Este problema social é de difícil resolução e geralmente faz com que as pessoas se ajustem às custas de elevação da tensão emocional prolongada, que é a mesma coisa de estresse.
 
 
Alcoolismo e desnutrição                                                                         
 
As principais funções do processo alimentar são a manutenção da estrutura corporal e das necessidades energéticas diárias. Uma alimentação equilibrada proporciona o que precisamos. O álcool é uma substância bastante energética, em épocas passadas, chegou a ser usado em pacientes após cirurgias para uma reposição mais rápida da energia perdida na cirurgia. Apesar de altamente calórico o álcool não é armazenável. Não fossem os efeitos prejudiciais ao longo do tempo, o álcool seria um excelente meio de perder peso. Para que se possa entender como o álcool fornece energia e ao mesmo tempo não é armazenável é necessário entender seu mecanismo metabólico o que não será abordado aqui. Pelo fato do usuário de álcool possuir suas necessidades energéticas supridas ele não sente muita ou nenhuma fome, assim não há vontade de comer. A diminuição da oferta das substâncias (proteínas, açucares, gorduras, vitaminas e minerais) usadas na constante reconstrução dos tecidos, não interrompe o processo de destruição natural das células que estão sendo substituídas constantemente. Assim o corpo do alcoólatra começa a se consumir. Esse processo leva a desnutrição.
 
 
Testes Neuropsicológicos                                                                            
 
Os pacientes alcoólatras confirmados ao se submeterem a testes de inteligência apresentam 45 a 70% normais. Contudo, esses mesmos ao fazerem testes mais específicos em determinadas áreas do funcionamento mental, como a capacidade de resolver problemas, pensamento abstrato, desempenho psicomotor, memória e capacidade de lidar com novidades, costumam apresentar problemas. Os testes normalmente representam atividades desempenhadas diariamente e não situações especiais ou raras. Este resultado mostra que os testes superficiais deixam passar comprometimentos significativos. Os testes neuropsicológicos são mais adequados e precisos na medição de capacidades mentais comprometidas pelo álcool. Tem sido observado também que no cérebro dos alcoólatras ocorrem modificações na estrutura apresentada nos exames de tomografia ou ressonância, além de comprometimento na vascularização e nos padrões elétricos. Como esses achados são recentes, não houve tempo para se estudar a relação entre essas alterações laboratoriais e os prejuízos psicológicos que eles representam.
 
 
Efeitos do Álcool sobre o Cérebro                                                                              
 
Os resultados de exames pós-morte (necropsia) mostram que pacientes com história de consumo prolongado e excessivo de álcool têm o cérebro menor, mais leve e encolhido do que o cérebro de pessoas sem história de alcoolismo. Esses achados continuam sendo confirmados pelos exames de imagem como a tomografia, a ressonância magnética e a tomografia por emissão de fótons. O dano físico direto do álcool sobre o cérebro é um fato já inquestionavelmente confirmado. A parte do cérebro mais afetada costumam ser o córtex  pré-frontal, a região responsável pelas funções intelectuais superiores como o raciocínio, capacidade de abstração de conceitos e lógica. Os mesmos estudos que investigam as imagens do cérebro identificam uma correspondência linear entre a quantidade de álcool consumida ao longo do tempo e a extensão do dano cortical. Quanto mais álcool mais dano. Depois do córtex, regiões profundas seguem na lista de mais acometidas pelo álcool: as áreas envolvidas com a memória e o cerebelo que é a parte responsável pela coordenação motora.
 
 
O Processo Metabólico do Álcool                                                                 
 
Quando o álcool é consumido passa pelo estômago e começa a ser absorvido no intestino caindo na corrente sanguínea. Ao passar pelo fígado começa a ser metabolizado, ou seja, a ser transformado em substâncias diferentes do álcool e que não possuem os seus efeitos. A primeira substancia formada pelo álcool chama-se acetaldeído, que é depois convertido em acetado por outras enzimas, essas substâncias assim com o álcool excedente são eliminados pelos rins; as que eventualmente voltam ao fígado acabam sendo transformadas em água e gás carbônico expelido pelos pulmões. A passagem do intestino para o sangue se dá de acordo com a velocidade com que o álcool é ingerido, já o processo de degradação do álcool pelo fígado obedece a um ritmo fixo podendo ser ultrapassado pela quantidade consumida. Quando isso acontece temos a intoxicação pelo álcool, o estado de embriaguez. Isto significa que há muito álcool circulando e agindo sobre o sistema nervoso além dos outros órgãos. Como a quantidade de enzimas é regulável, um indivíduo com uso contínuo de álcool acima das necessidades estará produzindo mais enzimas metabolizadoras do álcool, tornando-se assim mais "resistente" ao álcool. A presença de alimentos no intestino lentifica a absorção do álcool. Quanto mais gordura houver no intestino mais lenta se tornará a absorção do álcool. Apesar do álcool ser altamente calórico (um grama de álcool tem 7,1 calorias; o açúcar tem 4,5), ele não fornece material estocável; assim a energia oferecida pelo álcool é utilizada enquanto ele circula ou é perdida. A famosa "barriga de chop" é dada mais pelos aperitivos que acompanham a bebida.
 
 
Consequências corporais do alcoolismo                                                               
 
À medida que o alcoolismo avança, as repercussões sobre o corpo se agravam. Os órgãos mais atingidos são: o cérebro, trato digestivo, coração, músculos, sangue, glândulas hormonais. Como o álcool dissolve o mucus do trato digestivo, provoca irritação na camada externa de revestimento que pode acabar provocando sangramentos. A maioria dos casos de pancreatite aguda (75%) são provocados por alcoolismo. As afecções sobre o fígado podem ir de uma simples degeneração gordurosa à cirrose que é um processo irreversível e incompatível com a vida. O desenvolvimento de patologias cardíacas pode levar 10 anos por abusos de álcool e ao contrário da cirrose pode ser revertida com a interrupção do vício. Os alcoólatras tornam-se mais susceptíveis a infecções porque suas células de defesas são em menor número. O álcool interfere diretamente com a função sexual masculina, com infertilidade por atrofia das células produtoras de testosterona, e diminuição dos hormônios masculinos. O predomínio dos hormônios femininos nos alcoólatras do sexo masculino leva ao surgimento de características físicas femininas como o aumento da mama (ginecomastia). O álcool pode afetar o desejo sexual e levar a impotência por danos causados nos nervos ligados a ereção. Nas mulheres o álcool pode afetar a produção hormonal feminina, levando diminuição da menstruação, infertilidade e afetando as características sexuais femininas.
 
 
OBS: esta matéria foi enviada a mim em e-mail anônimo, por isso não destaquei no site o devido crédito ao seu escritor.
Caso o escritor da matéria venha a ler neste site, favor entrar em contato para que eu possa lhe atribuir os devidos créditos.


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