As primeiras evidências da inalação de canábis são datadas do
terceiro milênio a.C., tal como indicado pelas sementes de
Cannabis que foram encontradas em um sítio, onde hoje é a
Romênia. Os mais famosos usuários de maconha daquele tempo eram os
hindus da
Índia e do
Nepal, os quais deram o nome de
ganjika a erva. A antiga droga
soma, mencionada como um alucinógeno estimulante sagrado, foi por vezes associada à canábis.
A canábis também foi utilizada pelo povo
assírio, que descobriu as suas propriedades psicoativas através dos arianos. Era utilizada em algumas cerimônias religiosas, onde era chamada
qunubu (que significa "caminho para a produção de fumo"), provável origem da palavra moderna cannabis. A maconha também foi introduzida pelos arianos aos
cítios e
trácios /
dácios, e os
xamanes queimavam flores da Cannabis para induzir um estado de
transe. Os membros do culto de
Dionísio, também inalavam maconha durante as missas. Em 2003, uma cesta cheia de couro com folhas e sementes de Cannabis foi encontrada no noroeste da Região Autónoma de
Xinjiang Uygur,
China. Datava de próximo a um 2500 a 2800 anos
Selo de produtor de canábis de 1945.
A maconha se tornou ilegal nos
Estados Unidos em 1937 devido a
Marihuana Tax Act of 1937. Várias teorias tentam explicar por que é ilegal na maioria das sociedades ocidentais.
Jack Herer, um ativista a favor da legalização da maconha e escritor, argumenta que os interesses económicos do papel e da indústria química foram as principais forças para torná-la ilegal.
Hoje, a utilização recreativa da canábis no
mundo ocidental impulsiona uma considerável procura da droga. Ela é a colheira lucrativa com maior dimensão nos Estados Unidos, gerando um valor estimado em
US$36 bilhões no mercado. A maior parte do dinheiro não é gasto no cultivo e produção, mas no contrabando e fornecimento para os compradores.
Soro da verdade
Em maio de 1943, o
major George Hunter White, chefe das operações de
contraespionagem dos Estados Unidos, organizou uma reunião com Augusto Del Gracio, um porta-voz do gangster
Lucky Luciano. A Del Gracio foi dado cigarros de
Cannabis com uma alta concentração de THC, o que o fez ficar literalmente fora-de-si e falar sobre uma operação da
heroína, organizada por Luciano. Em uma segunda ocasião, a dose foi aumentada e Del Gracio desmaiou por duas horas.
Efeitos
Ilustração dos principais efeitos causados pelo uso da canábis.
A canábis produz efeitos psicoativos e fisiológicos quando consumida. A quantidade mínima de THC para poder notar-se um efeito perceptível é de cerca de 10 microgramas por quilo de peso corporal. Para além de uma mudança na percepção subjetiva, as mais comuns de curto prazo são efeitos físicos e neurológicos, que incluem aumento da freqüência cardíaca, diminuição da pressão do sangue, diminuição da coordenação psicomotora, e perda de memória. Efeitos a longo prazo são menos claros. Embora muitos fármacos claramente a inserem na categoria de qualquer estimulante, sedativo, alucinógeno, ou antipsicótica, a canábis contém tanto THC e canabidiol (CBD), os quais fazem parte da propriedade dos alucinógenos e principalmente estimulantes. Alguns estudos sugerem outros canabinóides, especialmente CDB, encontrado na planta Cannabis que altera a psicoativadade do THC e efeitos estimulantes.
Alguns estudos associam o uso prolongado da
Cannabis com o desenvolvimento de cânceres pois sua fumaça possui de 50% a 70% a mais de hidrocarbonos
cancerígenos que o tabaco. Os cânceres mais citados em estudos são os que afetam o
respiratório e o
sistema reprodutor.
- Diferença de velocidades de absorção
Via | Velocidade | Biodisponibilidade (%) | Início do efeito | Pico de efeito | Duração do efeito |
Oral | Irregular e lenta |
6
| 30-60 minutos | 2,5 - 3,5 horas | 4 - 6 horas |
Pulmonar (fumada) | Muito rápida |
18
| Alguns minutos | 8 - 15 minutos | 2 - 3 horas |
Efeitos nocivos
A
Organização Mundial da Saúde (OMS) atesta que o uso da maconha comprovadamente prejudica o desenvolvimento cognitivo (capacidade de aprendizagem), incluindo processos associativos, a capacidade de recordar de itens previamente escolhidos, o desempenho psicomotor em uma grande variedade de tarefas tais como
coordenação motora, atenção dividida e tarefas operativas de vários tipos como desempenho em máquinas complexas pelo tempo de até 24 horas depois de fumar somente 20 mg de THC. No entanto, o uso prolongado de maconha não causa prejuízos permanentes nas capacidades cognitivas (raciocínio, aprendizado e resolusão de problemas). Além disso há um aumento no risco de acidentes entre as pessoas que dirigem quando intoxicadas pela maconha.
Além disso, existe o risco de contaminação por diversos agentes infecciosos que não são destruídos ao se fumar, sendo possível que a fumaça cause contaminações pulmonares por
fungos e
bactérias presentes nas folhas não preservadas adequadamente. Dentre os problemas mais comuns estão
salmonela,
pneumonia,
reação alérgicas e
histoplasmose. Na gravidez o uso da maconha está associado a alterações no desenvolvimento fetal levando a uma redução no peso ao nascer, elevando o risco pós-natal de formas raras de câncer. O uso regular também está associado com o dobro de risco de
surto psicótico e
esquizofrenia,
transtornos de ansiedade e transtornos do humor como
depressão maior,
distimia,
apatia,
transtorno do pânico,
paranoia,
alucinação,
delirium e
confusão mental;
O risco de dependência é baixo e o risco de morrer por overdose é quase nulo quando comparado a outras drogas. A
síndrome de dependência da maconha pode ser identificada por
distúrbios do sono,
apatia, perda do apetite, ansiedade,
fadiga, náuseas, pressão baixa e irritabilidade.
Uso medicinal
A
Cannabis é indicada para tratar e prevenir
náuseas e
vômitos, para tratamento de
glaucoma, espasmos, além de ser usado como relaxante muscular bem como um
analgésico geral. Estudos individuais também foram realizados indicando a maconha para tratamento da
esclerose múltipla. Extratos de canábis também foram criados e vendidos como medicamentos prescritos nos
Estados Unidos, principalmente para o tratamento da dor e náusea. Estudos recentes comprovaram a eficácia do THC, principal substância da maconha, contra o células cancerígenas. Em pesquisas com tratamento de câncer há indícios de que o THC possa induzir as células malsãs a um processo de autodestruição; além de pesquisas com injeções intramusculares de concentrações do D9-tetrahidrocanabinol (D9-THC) retardarem a progressão da imunodeficiência de macacos infectados com
SIV (variante do vírus
HIV) por diminuição da carga viral. Alguns estudos apontam o consumo de THC como benéfico para portadores de
Mal de Alzheimer. O brasileiro Dartiu Xavier da Silveira, Doutor em Psiquiatria e Psicologia Médica, foi responsável por um estudo com dependentes de crack no qual estes se dispuseram a tratar sua dependência com maconha. Ao final do tratamento, 68% dos pacientes abandonaram o uso de crack, e posteriormente também cessaram o uso de maconha. O estudo foi publicado na conceituada revista científica americana Journal of Psychoactive Drugs, em 1999.
Em 2009, um americano entrou para o
Guiness Book como a pessoa que mais fumou maconha "legal" no mundo. Irvin Rosenfeld possui um câncer raro nos ossos e recebe a maconha gratuitamente do governo americano como tratamento. O paciente afirma já ter fumado cerca de 115 mil cigarros de canábis medicinal, uma média de 10 a 12 por dia, desde 1981, tendo sido o segundo paciente a se beneficiar da lei que autoriza o uso de maconha para fins terapêuticos nos Estados Unidos.
Efeitos a longo prazo
Comparação dos danos físicos e da dependência em relação a várias drogas (feita pela revista médica britânica
The Lancet).
[51]
A ação de fumar canábis é o método mais prejudicial do consumo, uma vez que a inalação de
fumo a partir de
materiais orgânicos, como a maconha, tabaco, jornais e material pode causar diversos problemas de saúde.
Em comparação, o estudo sobre o uso da canábis através da
vaporização, constatou que "apenas 40% dos indivíduos têm a probabilidade de relatar sintomas respiratórios como os usuários que não a usam por vaporização, mesmo quando a sua idade, sexo, utilização do cigarro, e a quantidade de
Cannabis consumida são controladas." Outro estudo constatou que os vaporizadores são "um seguro e eficaz sistema para a utilização da Cannabis."
Em um estudo de 2007, o governo canadense constatou que o fumo da maconha continha maior concentração de algumas substâncias tóxicas do que o fumo do tabaco, porém muito menos diversidade de substâncias tóxicas. O estudo determinou que o fumo da maconha continha 20 vezes mais
amônia, e cinco vezes mais
cianeto de hidrogénio e
óxidos de nitrogênio do que o fumo do tabaco. Embora muitos investigadores não conseguiram encontrar uma correspondência, alguns pesquisadores concluem que o fumo da maconha representa um maior risco de câncer de pulmão do que o fumo do
tabaco. Mas, diferentemente do tabaco, praticamente nenhum usuário de maconha fuma um maço por dia, se restringindo a fumar 1 ou 2 baseados. Alguns estudos têm demonstrado que o mesmo ingrediente
cannabidiol, não intoxicante, e que é encontrado na maconha, pode ser útil no tratamento do
câncer de mama.
O consumo da canábis tem sido avaliado por vários estudos a serem correlacionados com o desenvolvimento de
transtornos de ansiedade,
surto psicótico e
depressão maior. Alguns estudos correlacionam o uso de maconha e
esquizofrenia. No entanto, nunca foi demonstrada uma relação de causalidade entre o consumo da droga e o desenvolvimento desta doença.
Apesar da canábis, por vezes, tem sido associada com
AVC, não é firmemente estabelecida a ligação e os mecanismos potenciais são desconhecidos. Do mesmo modo, não existe nenhuma relação estabelecida entre o consumo de cannabis e doenças cardíacas, incluindo exacerbação em casos de doenças cardíacas existentes.
Potência
De acordo com o
Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNDOC, na sigla em inglês), a quantidade de
tetrahidrocanabinol (THC) presente em uma amostra de canábis é geralmente utilizada como medida de potência desta maconha. Os três principais tipos de produtos derivados da canábis são a erva (maconha), a resina (haxixe) e o óleo (óleo de haxixe). O UNODC afirma que a maconha frequentemente contém 5 por cento de seu conteúdo composto por THC, enquanto a resina pode conter até 20% de conteúdo, e o óleo de haxixe cerca de 60%.
Um estudo publicado em 2000 no
Journal of Forensic Sciences concluiu que a potência da maconha confiscada nos
Estados Unidos passou de "cerca de 3,3% em
1983 e
1984" para "4,47% em
1997." Concluiu igualmente que "outros grandes canabinóides [o
canabidiol (CBD), o
canabinol (CBN) e o
canabicromeno (CBC)] não mostraram qualquer mudança significativa na sua concentração ao longo dos anos."
O Centro Nacional de Informação e Prevenção da Canábis da
Austrália afirma que os 'brotos' da
cannabis de
sexo feminino contêm a concentração mais alta de THC, seguido pelas folhas. Os
caules e as
sementes têm "níveis muito mais baixos". A
ONU afirma que as folhas podem conter dez vezes menos THC do que os brotos, e os caules cem vezes menos THC.
Após revisões na classificação da
cannabis no
Reino Unido, o governo alterou a planta para uma droga da classe C para uma de classe B. A razão disso foi o aparecimento de variedades de
cannabis de alta potência. O governo contabiliza que entre 70 e 80% das amostras apreendidas pela polícia é de
skunk (apesar do fato de que o skunk pode às vezes ser confundido incorretamente com todos os tipos de cannabis herbácea). Extratos como o
haxixe e o
óleo de haxixe normalmente contêm mais THC do que as flores de
cannabis de alta potência.
Apesar de críticos apontarem que
cannabis de "alta potência" poderia representar um risco para a saúde, outros observaram que os usuários desse tipo de droga facilmente aprendiam a compensar os efeitos nocivos reduzindo suas doses, beneficiando-se da redução dos efeitos colaterais de fumar, como o
choque térmico ou o
monóxido de carbono. Vários laboratórios analíticos que fornecem a indústria da maconha medicinal na costa oeste dos
Estados Unidos avaliaram os níveis de
THC na maconha vendida. Os níveis típicos variam entre 16 e 17%, enquanto as amostras de cannabis com menos de 10% de THC são raras. Atualmente os limites máximos de THC para folhas de
cannabis cultivadas na
Califórnia é de 23/25%.
Diferença entre Cannabis indica e Cannabis sativa
A
Cannabis indica pode ter uma relação
CBD/
THC de 4 a 5 vezes maior que a
Cannabis sativa. As
cepas de
cannabis com índices de CBD/THC relativamente altos são menos propensas a induzir à ansiedade, do que ao contrário. Isto pode acontecer devido a efeitos antagonistas do CBD nos
receptores de canabinoides, em comparação ao efeito do THC
agonista parcial. O CBD também é um agonista do receptor 5-HT1A, o que também pode contribuir para um possível efeito ansiolítico. Isto provavelmente significa que as altas concentrações de CBD encontrados na
Cannabis indica uma significativa mitigação do efeito ansiogênico do THC. Os efeitos da
sativa são bastante conhecidos por suas altas cerebral, portanto utilizada durante o dia como maconha medicinal, enquanto os efeitos da
indica são conhecidos por seus resultados sedativos e, portanto, é mais utilizada preferencialmente durante à noite como medicamento.
Adulteradores
É menos comum a presença de adulterantes na maconha do que em outras drogas.
Giz (nos
Países Baixos) e partículas de
vidro (no
Reino Unido) têm sido utilizadas para fazer o produto parecer de melhor qualidade. O uso de
chumbo para aumentar o peso dos produtos de
haxixe na
Alemanhaprovocou intoxicações com
chumbo em pelo menos 29 usuários. Nos Países Baixos, foram encontrados dois similares químicos do
Sildenafil (Viagra) em maconha adulterada.
De acordo com os sites "
Talk to FRANK" e
UKCIA, o
Soap Bar, "talvez o tipo mais comum de haxixe no Reino Unido", foi analisado e nele encontrado "na pior das hipóteses"
terebintina,
tranquilizantes,
betume,
henna e fezes de animais, entre várias outras coisas. Um pequeno estudo de cinco amostras de
Soap Bar apreendidas pela Alfândega do Reino Unido em 2001, detectou uma enorme adulteração por muitas substâncias tóxicas, incluindo o petróleo, cola de motor e fezes de animais.
Crescimento e cultivo
Uma planta de
Cannabis fêmea e madura.
Agricultores e criadores de
cannabis herbácea frequentemente afirmam que os avanços na produção e nas técnicas de cultivo aumentaram a potência dos efeitos da planta desde os anos 1960 e início dos anos 1970, quando o
THC foi descoberto e compreendido. No entanto, variedades potentes de
cannabis sem sementes, tais como a "
Thai stick", já estavam disponíveis nessa época. A
Sinsemilla (
espanhol para "sem semente") são as secas sem caroço,
inflorescências de plantas fêmeas de
cannabis.
Como a produção de THC cai depois que a
polinização ocorre, as plantas masculinas (que produzem pouco THC) são eliminadas antes de lançar o
pólen, justamente para impedir o processo de polinização. Técnicas de cultivo avançadas, como a
hidroponia, a
clonagem e a iluminação artificial de alta intensidade são métodos frequentemente empregados em resposta (em parte) aos esforços de aplicação da proibição legal, que torna o cultivo ao ar livre mais arriscado. É frequentemente citado que os níveis médios de THC na maconha vendida nos Estados Unidos aumentou drasticamente entre os anos 1970 e 2000, mas tais declarações são provavelmente distorcidas por causa do peso excessivo dado a amostras muito mais caras e potentes, mas menos frequentes. O nível médio de THC em
coffeeshops nos
Países Baixos é de 18 a 19%, mas novas regras adotadas pelo governo do pais em 2011 obrigam que o teor de THC na maconha vendida em nos café a ter um teto de 15%, indicando que as amostras de
cannabis com mais de 15% de THC serão reclassificadas como uma droga pesada. Essas novas regras entraram em vigor em 2012.
Preço
O preço ou o valor de mercado da cannabis varia muito, dependendo da área geográfica e de sua potência.
Nos Estados Unidos, a
cannabis é a quarta cultura agrícola de maior valor e a primeira ou segunda em muitos estados do país, como
Califórnia,
Nova York e
Flórida, com um valor médio de US$ 3.000/
lb. Estima-se que o cultivo e o comércio de
cannabis movimente um mercado de 36 bilhões de dólares. A maior parte do dinheiro não é gasto no cultivo e na produção, mas no contrabando e no fornecimento para os compradores. O
Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime afirmou no Relatório Mundial sobre Drogas de 2008 que os preços típicos de varejo da droga nos Estados Unidos é de US$ 10/15 por grama. O valor de mercado da planta na
América do Norte é conhecido por variar entre US$ 150 a US$ 400 por
onça, dependendo da qualidade.
Formas
Maconha
Os termos maconha, liamba ou marijuana referem-se às
folhas secas das plantas
Cannabis e às
flores das
plantas femininas. Este é o modo mais amplo de consumir-se
cannabis. Contém um teor de THC que pode variar de 3% até 22%; em contrapartida, a
Cannabis utilizada para produzir linhagens industrais de
cânhamo contém menos de 1% do THC.
Haxixe
O haxixe é uma
resina concentrada, produzida a partir das plantas fêmeas da canábis. O haxixe é mais forte do que a maconha, e pode ser
fumado ou
mastigado. Ele varia na cor, de preto ao dourado escuro.
Óleo de haxixe
O óleo de haxixe, é um
óleo essencial extraído das plantas
Cannabis através da utilização de diversos
solventes. Possui uma elevada proporção de
canabinóides (variando entre 40-90%).
Kief
Ver artigo principal:
Kief
O kief é feito a partir de
tricomas (incorretamente referida muitas vezes como "
pólen"), retiradas das folhas e flores das plantas
Cannabis. Kief também pode ser compactado para produzir uma forma de haxixe, ou consumido em forma de pó.
Consumo
A canábis é consumida de muitas maneiras diferentes, sendo que a maioria envolve
inalar fumaça ou vapor a partir de plantas ou cachimbos.
Vários dispositivos existentes são utilizados para fumar a canábis. Os mais comumente usados incluem tigelas,
bongs,
chilums, papéis e folhas de
tabaco embalados. Métodos locais diferem pela preparação da planta cannabis antes da sua utilização; as partes da planta Cannabis que são utilizadas, bem como o tratamento do fumo antes da inalação.
Um vaporizador aquece a canábis herbácea 365-410 °F (185-210 °C), o que faz com que os ingredientes ativos evaporem em um gás sem queima do material vegetal (o ponto de ebulição do THC é 392 °F (200 °C) numa pressão de 0,02 mmHg, e um pouco superior à pressão atmosférica normal). É a menor proporção de produtos químicos tóxicos que são liberados pelo tabagismo, embora isto possa variar, dependendo da forma do vaporizador e a temperatura em que é definido. Este método de consumir cannabis produz efeitos marcadamente diferentes do que fumar devido à inflamação de pontos de diferentes canabinóides; por exemplo, cannabinol (CBN) tem um ponto de inflamação de 212,7 °C e seria normalmente presente na fumaça, mas pode não estar presente no vapor.
Cachimbo para o consumo de maconha.
Baseado (português brasileiro) ou charro (português europeu) é o nome popular dado ao
cigarro feito com a canábis. É geralmente confeccionado a partir de
papéis a base de
arroz, mas também pode ser feito a partir de
guardanapos, cartolina, sacos de pão, papel-seda e outros materiais. Segundo especialistas, um cigarro de canábis equivale ao fumo de cinco cigarros de
tabaco. O baseado também é popularmente conhecido no
Brasil como
beck ou "breu" ,
beise ou
ret (uma corruptela da palavra francesa
cigarette); como
fino,
cabinho ou
perninha-de-grilo, quando contém pouca quantidade de maconha; ou como
bomba,
vela ou
tora, "charola", quando contém muita. Quando a quantidade é muito extravagante é chamado de
trave, é chamado
viga quando a quantidade é absurdamente extravagante ou
cone, se a abertura for maior. Existem também certas misturas com outros tipos de drogas, que ganharam nomes populares como
freebase e
mesclado (maconha com
cocaína), e
cabral, "pitico","zirrê" ou "melado" (maconha com
crack).
Como uma alternativa ao tabaco, a canábis pode ser consumida por via oral. No entanto, a maconha ou o seu extrato deve ser suficientemente aquecido ou
desidratado para causar
descar-boxilação de seus canabinóides mais abundantes.
A canábis também pode ser consumida na forma de
chá. O THC é
lipofílico e pouco solúvel (com uma solubilidade de 2,8 mg por litro) para chás. É feito com uma primeira adição de
gordura saturada para uma de água quente e utilizando uma pequena quantidade de maconha, junto com chá preto ou verde e algumas folhas de
mel ou
açúcar, mergulhada durante cerca de 5 minutos.
Legalidade
Locais onde a posse de pequena quantidade de
cannabis é legalizada na
Europa:
Legalizada
Descriminalizada
Ilegal, mas sem penas para consumo
Ilegal e com pena para consumo
Sem dados
Desde o início do século XX, a maioria dos países promulgaram leis contra o cultivo, a posse ou a transferência de
cannabis. Estas leis impactaram negativamente o cultivo da planta de
cannabis para fins não recreativos, mas há muitas regiões onde, em certas circunstâncias, a manipulação de maconha é legal ou licenciada. Muitos países têm diminuído as penas para o porte de pequenas quantidades de maconha, para que ela seja punido pela apreensão e multa, ao invés de prisão, concentrando-se mais sobre aqueles que o traficam a droga no mercado negro. Em algumas áreas onde o uso da maconha tem sido historicamente tolerado, algumas novas restrições foram postas em prática, tais como o fechamento de cafés de maconha perto de escolas secundárias e das fronteiras dos
Países Baixos.
Algumas jurisdições usam programas gratuitos e voluntários de tratamento de voluntários e/ou programas de tratamento obrigatório para usuários frequentes conhecidos. A simples posse pode levar a longas penas de prisão em alguns países, especialmente na
Ásia Oriental, onde a venda de maconha pode levar a penas de
prisão perpétua ou mesmo de
execução. Mais recentemente, porém, surgiram muitos partidos políticos, organizações sem fins lucrativos e movimentos sociais que buscam a legalização da
cannabis medicinal e/ou a legalização total da planta (com algumas restrições).
No dia 20 de junho de 2012 o governo do
Uruguai apresentou um projeto de lei que visa liberar a venda da maconha de forma controlada. O principal objetivo dessa iniciativa seria o de enfraquecer o
narcotráfico. O próprio estado venderia a canábis através de redes estatais, com registro de consumidores. A campanha pela legalização da canábis ganhou força a partir das décadas de 1980 e 1990, notadamente apoiada por artistas e políticos liberais. No
Brasil, é uma das bandeiras do político
Fernando Gabeira, que tentou implementar o cultivo do
cânhamo para fins industriais. O uso da canábis em
Portugal foi descriminalizado a 6 de julho de 2000, em uma lei aprovada pelo Parlamento.
Ver também
Notas
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